sexta-feira, julho 29, 2011

Número de edifícios cresce 33,41%

De acordo com dados da Habicamp, em Campinas, 3.450 unidades estão em execução

O número de unidades multifamiliares (construções verticais ou edifícios), em Campinas, cresceu 33,41% no primeiro semestre deste ano. No total, estão em execução 3.450 unidades em uma área de 413.986 metros quadrados aprovada pela prefeitura, que vão atender cerca de 13.800 famílias. No ano passado, até junho, estavam em execução 2.586 unidades em uma área de 310.383 metros quadrados, destinadas para 10.344 famílias. Os dados foram divulgados ontem pela Habicamp (Associação Regional da Habitação).

Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), o número de edifícios no período em execução é de 2.070 para atender 8.280 famílias. De acordo com o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho, a instituição começou a receber dados das prefeituras da região este ano. “Por esse motivo, não temos comparação”, afirmou. Segundo ele, o mercado da construção está estabilizado na região.

O número de casas - unidades com apenas um pavimento - caiu 9,75% em Campinas no primeiro semestre. No total estão em andamento 972 unidades construídas para atender 3.888 famílias, em uma área aprovada de 194.540 metros quadrados. No mesmo período do ano passado, estavam em execução 1.077 unidades para 4.308 famílias, construídas em área de 215.455 metros quadrados. Na RMC, as construções horizontais somam 565 unidades para 2.260 famílias.

Campinas, hoje, tem um deficit habitacional de 45 mil unidades. Segundo o vice-presidente de economia da entidade, Sergio Vargas, “o deficit habitacional está estacionado nas classes D e E, respondendo por 89,2%”.

A quantidade de galpões comerciais também teve redução de 16,36%. No total foram aprovados, até junho, pela prefeitura 393.813 metros quadrados de área para construção de 1.094 galpões. No ano passado, o número alcançou 741 mil metros quadrados, para 1.308 galpões. O presidente da Habicamp destaca que a queda de unidades comerciais se deve principalmente ao aumento desses pontos pela região, descentralizando-se de Campinas.

Segundo Filho, o imóvel valorizou 10% neste ano e o custo do material está acessível. “Vivemos um bom momento e agora temos que focar no treinamento para sanar o deficit de mão de obra.”

quarta-feira, julho 27, 2011

Vendas de imóveis usados sobem 11,72% em maio, no estado de São Paulo

A venda de imóveis usados no estado de São Paulo cresceu 11,72% em maio, frente a abril, de acordo com pesquisa divulgada pelo Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). As 1.539 imobiliárias pesquisadas comercializaram 939 unidades, o que fez o índice de vendas passar de 0,5461 para 0,6101 entre abril e maio.

As vendas tiveram queda na capital (5,44%), mas houve aumento no interior (8,67%), no litoral (12,54%) e nas cidades do ABCD, Guarulhos e Osasco (53,29%), de acordo com o Creci-SP.

No quinto mês do ano, as casas foram mais vendidas que os apartamentos, atingindo 54,14% de participação entre as unidades comercializadas. Sobre o valor do imóvel, é possível perceber na capital a preferência por aqueles acima de R$ 200 mil, que tiveram 69,13% de participação

terça-feira, julho 26, 2011

Crédito imobiliário desacelera



As estatísticas do crédito imobiliário com o fechamento do primeiro semestre devem mostrar desembolsos da ordem de R$ 37 bilhões só com recursos da poupança, segundo estimativas de mercado. Se esses números se confirmarem, tal cifra vai representar crescimento de 55% em comparação a janeiro e junho do ano passado. Na contagem mensal, porém, espera-se que as contratações mostrem alguma perda de ímpeto. Só em junho, a expectativa é que tenham sido liberados cerca de R$ 7,5 bilhões, uma expansão de 48% contra junho de 2010. O ritmo de expansão de 60% que se observou até abril tende a perder velocidade.

Por trás disso está o menor volume contratado para financiar o mutuário, com os esforços um pouco mais concentrados nas carteiras de pessoa jurídica, que têm giro mais rápido, relacionado ao ciclo mais curto de produção, analisa o diretor de crédito imobiliário do HSBC Brasil, Antonio Barbosa. "Cresceu demais a pessoa física e essa era uma acomodação natural. Por outro lado, nos primeiros meses do ano a liberação de recursos para a construção vinha travando por conta de atrasos nas obras. Essa produção represada está sendo desovada agora."

Segundo calcula, a proporção entre financiamentos destinados ao consumidor final e os endereçados às empresas teria encerrado junho numa relação de 55% para 45%. Historicamente, a distribuição é de 60% para 40%.

Com a poupança, principal fonte de financiamento do setor, perdendo força, a percepção é de que os bancos têm sido mais seletivos. Até junho, as saídas líquidas da caderneta chegavam a R$ 172,7 milhões, em comparação aos R$ 8,8 bilhões captados no mesmo período do ano passado. Em julho, até o dia 19, o saldo estava positivo em R$ 2,9 bilhões, revertendo o balanço negativo do ano, para R$ 2,7 bilhões, mas ainda aquém do ritmo esperado para o ano, de crescimento na casa dos 15% a 20%.

O Banco do Brasil (BB), último dos grandes bancos a entrar no financiamento imobiliário, conta com a vantagem de, por isso mesmo, ter um saldo mais robusto da caderneta. "Enquanto nos concorrentes o saldo da poupança já se aproxima do estoque de crédito imobiliário, nós temos mais de R$ 5 bilhões disponíveis", diz Paulo Caffarelli, vice-presidente novos negócios e varejo do BB.

Mas, ao mesmo tempo em que boa parte das instituições financeiras enfrenta a escassez no lado do "funding", encontra também uma parcela da população mais endividada. "Essa situação diminui o espectro da prospecção, embora a inadimplência siga estável", acrescenta Barbosa, do HSBC.

De 2005 para cá, o crédito imobiliário concedido vinha praticamente dobrando de tamanho a cada ano e é essa velocidade vertiginosa que começa a desacelerar, diz o diretor da Caixa, Teotônio Rezende. "Havia uma demanda reprimida, que foi sendo atendida nos últimos anos num ciclo mais ou menos normal de oferta e demanda. Há ainda muito espaço para crescer, com o aumento do emprego e da renda e dos subsídios para a baixa renda. Se trabalhássemos com a projeção geométrica vista de 2005 a 2007, ninguém teria capacidade para atender."

A Caixa pretende aplicar neste ano pelo menos R$ 30 bilhões, com recursos da poupança, perto dos R$ 27,8 bilhões desembolsados ao longo de 2010. Até maio, o banco federal tinha liberado R$ 11,7 bilhões, com crescimento de 14% em comparação ao mesmo intervalo de 2010.

A atual taxa básica, em 12,5%, pode atuar como um freio à expansão do crédito imobiliário, segundo Fabio Nogueira, sócio da Brazilian Finance & Real Estate (BFRE). "Sempre que isso acontece, muita gente acaba preferindo deixar o dinheiro guardado no banco a investir em um imóvel."

segunda-feira, julho 25, 2011

Setor imobiliário terá índice oficial de preços

O governo prepara dois novos indicadores para acompanhar a variação dos preços dos imóveis, que nos últimos anos apresentaram valorização acima do usual. Chamado até agora de Índice de Valorização de Imóveis, o primeiro deles, reconhecido como oficial, será elaborado pelo IBGE, em parceria com os bancos. Outro convênio foi firmado entre a Caixa Econômica Federal, a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Abecip, que representa as instituições que operam crédito imobiliário por meio da poupança, para apurar um segundo medidor para o segmento.

A ideia surgiu da necessidade de o Banco Central (BC) acompanhar os preços de um dos setores mais importantes da economia, mas que não possui nenhum indicador. Sob recomendação do BC, a Caixa fechou acordo com a FGV para fornecer suas avaliações das moradias. Esse convênio foi recentemente ampliado, com a ajuda da Abecip, que fez um guarda-chuva, fechando contrato com todos os demais bancos associados.

Outro medidor será desenvolvido pelo IBGE, em trabalho coordenado pelo Ministério da Fazenda, para ser o índice oficial do governo. Esse indicador será mais amplo. Além de procurar parcerias com todos os bancos, o IBGE vai usar seu conhecimento para fazer pesquisas de mercado. A FGV vai trabalhar apenas com a avaliação feita pelos bancos. A fundação montou um modelo em que os bancos, via Abecip, fornecem os laudos de avaliação feitos para contratos de financiamento imobiliário e a FGV constrói o índice.

Teotonio Costa Rezende, diretor-executivo da Caixa, explica que é importante ter dois índices até para efeito de comparação. "Se os dois começarem a se distanciar demais, das duas uma: ou um está errado, ou os dois estão errados."

Segundo Rezende, esse é um trabalho complexo e os primeiros resultados devem ser conhecidos apenas no fim do ano. "Sendo muito otimista, talvez em dezembro tenhamos algo mais concreto."

Investimentos na RMC impulsionam o setor de locações

Chácara Primavera, Mansões Santo Antônio e Parque Prado foram os bairros que mais se valorizaram em Campinas
As obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, a possível vinda do Trem de Alta Velocidade – TAV – e a indicação de Campinas para se tornar uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014, vão impulsionar significativamente a economia na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Atraídas pelo desenvolvimento econômico, empresas de grande porte nacionais e multinacionais têm escolhido a região para se instalar, gerando um grande fluxo migratório e alavancando o mercado imobiliário de locações.
De acordo com o gerente de locações da Provectum Imóveis, Ronaldo Lopes, a oferta de imóveis em Campinas vem crescendo substancialmente, em decorrência de novos empreendimentos residenciais. Os bairros mais valorizados são: Chácara Primavera e Mansões Santo Antônio, seguidos do Parque Prado. “Todos esses bairros perdem apenas para o Cambuí”, observa. Ele diz ainda que a valorização de determinadas regiões resultaram em um aumento de aproximadamente 17% no valor dos alugueis.

Perfil
Pesquisa feita recentemente apontou que 56% da população de São Paulo gostaria de se mudar para o Interior do estado, para ter uma qualidade de vida melhor. Essa mudança, no entanto, já começa a ser percebida, levando em conta o atual perfil do inquilino, formado principalmente por executivos. São na grande maioria, jovens, casados, com filhos pequenos e com um bom padrão de vida.

Muitos são estrangeiros que, ao chegarem na cidade, desejam se instalar em imóveis de médio e alto padrão. “Querem, de preferência, uma construção recente com área de lazer e pelo menos duas vagas de garagem”, conclui Lopes.

quinta-feira, julho 21, 2011

Após acordo, área da antiga rodoviária receberá shopping

A Prefeitura de Campinas e a direção da maternidade chegaram a um acordo para liberar a construção de um shopping na área em que funcionava a antiga rodoviária, no bairro Botafogo. A Cem Empreendimentos Imobiliários já havia comprado o terreno há alguns meses, mas a venda ainda não foi oficializada porque, até esta quarta-feira (20), a administração municipal e a maternidade não tinha concluído como resolveriam a dívida que tinham uma com a outra desde a implosão da antiga construção, em março do ano passado.

O prédio pertencia há 40 anos à maternidade, que, durante o período em que a rodoviária funcionou ali, recebeu como forma de aluguel cerca de R$ 500 mil por mês. A quantia era paga pelo município, que mantinha a rodoviária. Durante o processo de implosão e demolição da área de aproximadamente oito mil metros quadrados, a maternidade ficou sem receber os pagamentos da prefeitura, provocando uma quebra da concessão. Com o encerramento do convênio, a prefeitura pagou uma multa para a maternidade. Parte do valor foi adiantado, mas novos cálculos mostraram que parte do dinheiro deveria ser devolvido.

Paralelo a isso, 7,5 mil metros quadrados da área foram vendidos para a Cem, sendo que o restante foi desapropriada pela prefeitura. O terrreno tem uma dívida de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) com a prefeitura. Como os dois valores são semelhantes, no acordo firmado entre a prefeitura e o hospital ficou definida uma compensação. O prédio em processo de desaproriação vai passar a ser da maternidade e o IPTU do terreno será quitado, de forma que a quebra de concessão fica resolvida e compensada.

Nos próximos dias, essa proposta de acordo deve ser formalizada pela Secretária de Assuntos Jurídicos e encaminhada para o prefeito Hélio de Oliveira Santos.

Centro Comercial

A Cem diz que planeja implantar na área da antiga rodoviária um centro comercial multiuso de 13 andares. Assim, a área será revitalizada, além de gerar empregos.

terça-feira, julho 19, 2011

Venda de consórcio de imóvel sobe 15% no ano até maio

A venda de novas cotas de consórcios de imóveis registrou alta de 15,4% nos primeiros cinco meses desse ano em relação a igual período do ano anterior, somando 101,2 mil unidades, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). No mês de maio, o valor médio das cotas para a compra de um imóvel subiu 6,5%, para R$ 99,8 mil, ante R$ 93,7 mil de um ano antes.
Em maio o segmento registrava 599 mil participantes, indicando acréscimo de 7,9% em relação a um ano antes. Na mesma base de comparação o número de contemplações cresceu 14,3%, para 32,7 mil participantes.

Entre março do ano passado e maio deste ano, 4.243 participantes utilizaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortizar ou quitar parcelas, somando R$ 73,6 milhões. (Do Estado de São Paulo)

segunda-feira, julho 18, 2011

Complexo imobiliário deve atrair investidor para o trem-bala

O governo federal decidiu jogar todas as fichas para tirar o trem-bala do papel. Depois de ser derrotado pela teimosia de manter uma fórmula polêmica, criticada pelos investidores, ele mudou radicalmente o modelo de licitação (agora em duas etapas) e já aceita arcar com alguns riscos do empreendimento - leia-se, colocar mais dinheiro. Também vai criar mecanismos para tornar o projeto mais rentável para compensar o valor da obra.

O principal deles está associado aos empreendimentos imobiliários que podem ser construídos no entorno das estações, produzindo receita extra. O Estado apurou que a intenção do governo é fazer a declaração de utilidade pública dos terrenos próximos das paradas do trem antes da segunda fase de licitação. Ele também será responsável pela desapropriação das terras.

No modelo anterior, as áreas teriam de ser adquiridas pelos investidores, o que tornou muitos projetos imobiliários inviáveis. Essa era a aposta, por exemplo, do consórcio coreano, que projetava construir "novas cidades" ao lado dos trilhos. Mas, sem declaração de utilidade pública, qualquer empresa que não estivesse ligada ao trem-bala poderia explorar a área. "Ninguém ia querer vender um terreno com grandes potenciais de ganhos. Se vendessem, iam jogar o preço lá em cima", diz um investidor.

A nova formatação para o Trem de Alta Velocidade (TAV), entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, ainda está em fase de elaboração e tem muitos pontos sem explicação. Mas a lógica é dividir os riscos, como os detentores de tecnologia vinham repetindo desde o início das discussões sobre o projeto.

A primeira licitação vai englobar a tecnologia e a operação do trem-bala. Segundo fontes ligadas ao governo, os interessados vão elaborar um projeto básico, com estudo de demanda de passageiros e tarifas para conseguir dar um lance no leilão. Quem ganhar o processo ficará com o risco de demanda e terá de fazer o projeto executivo do TAV, que determinará o traçado e os custos de construção.

Com o material em mãos, o governo fará a segunda licitação, que será a concessão dos ativos. A vencedora vai contratar as empreiteiras que construirão a infraestrutura (instalação de trilhos, pontes, viadutos e túneis).

A novidade é que, depois da pressão sofrida pelo governo, não poderá haver participação cruzada nas licitações. Ou seja, quem estiver no primeiro grupo não poderá entrar no segundo.

As empreiteiras também terão de escolher se entram como investidoras ou como construtoras da obra, afirma um investidor. O objetivo é impedir o conflito de interesses verificado no modelo anterior, cuja licitação seria feita num único bloco. No fundo, o governo não quer ficar na mão das construtoras e correr o risco de o projeto fracassar novamente.

Tanto empenho para tornar o empreendimento viável tem explicação. O TAV é a grande promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff. Não executá-lo significaria uma derrota. Ou seja, o governo vai adotar todas as medidas necessárias para levantar a obra, como demonstrou na última semana depois do fracasso do leilão, que não recebeu nenhuma proposta. Para alguns executivos, a mudança nas regras parece o caminho certo para o projeto virar realidade.

"Ainda falta muita coisa para ser definida, mas o modelo anunciado pelo governo nos parece mais atrativo. Estamos confiantes e animados", destacou o presidente da Agência de Desenvolvimento do Trem Rápido entre Municípios (AD Trem), Guilherme Quintella. Segundo ele, com a modelagem que começa a surgir, quase todos os fabricantes vão querer participar do processo de licitação.

Mas, com ou sem novo modelo, o TAV continuará um projeto polêmico. Parte da sociedade não vê a obra como uma prioridade, e prefeririam ter mais linhas de metrô nas cidades.

sexta-feira, julho 15, 2011

Mercado imobiliário de alto padrão atrai jovens executivos

Tanto a procura por imóveis de alto padrão em São Paulo quanto a forma que os negócios são realizados têm mudado. A mudança no perfil dos compradores pode ser um dos fatores que contribuíram para o cenário atual.

De acordo com a sócia-Diretora da Imóvel A, Gabriela Villas, jovens executivos são os que mais têm procurado imóveis deste tipo. Com isso, o volume de vendas tem subido 50% a cada ano e pode manter esse aumento pelos próximos seis anos. Para ela, o crescimento do mercado e da conjuntura econômica brasileira, além da necessidade de viver em um espaço de luxo, são os responsáveis pela inserção desse novo perfil. “Por conta de todo esse crescimento econômico, hoje também atendemos pessoas super jovens do mercado financeiro. Esse público é bastante discreto e com grande potencial de compra”, explica.

De acordo com a Imóvel A, a média de idade dos compradores é de 26 anos, sendo que a maioria é formada por profissionais do mercado financeiro e de internet. Os gasto médio desses jovens executivos gira em torno de R$ 1,5 milhão.

Compra pela web

Com um novo perfil de compradores, os hábitos dos consumidores brasileiros de imóveis de alto padrão também mudou, na hora de escolher o imóvel. Em alguns casos, ir pessoalmente até a imobiliária já não é decisivo para quem deseja adquirir esse tipo de imóvel.

Os consumidores têm usado a internet como canal inicial para os negócios e buscam opções disponíveis no mercado, de acordo com suas necessidades e preferências. “O consumidor utiliza o site [da imobiliária] para consultar mais especificamente os produtos”, explica o sócio-diretor da Imóvel A, Alexandre Villas.

De acordo com levantamento feito pela imobiliária, a cada cinco negócios fechados, três são iniciados pela internet. Embora o acerto final seja feito pessoalmente, a decisão da compra se dá via web.

quinta-feira, julho 14, 2011

Seguro-fiança garante aluguel e outras despesas

O instrumento é uma alternativa à apresentação do fiador como garantia nos contratos de locação

Desenvolvido como uma alternativa à apresentação do fiador como garantia nos contratos de aluguel, o seguro-fiança locatícia pode ir além de cobrir eventuais aluguéis atrasados e incluir outras despesas relacionadas ao cotidiano da moradia.

Na Porto Seguro, por exemplo, a apólice do seguro Aluguel possibilita incluir coberturas para encargos como IPTU e despesas de condomínio; serviços emergenciais 24 horas, de chaveiro a conserto de eletrodomésticos (conforme condições do seguro contratado); entre outros benefícios.

“Esses são alguns dos atrativos que explicam a crescente preferência pelo seguro-fiança como garantia locatícia”, explica Edson Frizzarim, Diretor do Porto Seguro Aluguel. “A procura também cresce porque os locatários querem ter mais ‘independência’ na hora de alugar, ou seja, não querem pedir favores a terceiros. Nas grandes cidades, por exemplo, torna-se cada vez mais difícil encontrar um fiador, devido à falta de vínculos estreitos entre as pessoas”, acrescenta.

Além de IPTU e condomínio, o seguro-fiança pode garantir despesas como contas de água, luz e gás canalizado; pintura interna e externa; e danos ao imóvel, conforme limites estabelecidos pelo segurado na contratação. Por meio de parcerias com empresas de mudanças, o cliente pode ainda obter descontos na prestação desse serviço.

Principais garantias

Junto com o seguro-fiança, fiador e depósito (caução) são as principais garantias utilizadas para assegurar aluguéis no Brasil. Apesar de ainda liderar a preferência no mercado de locação imobiliária, o fiador vem perdendo preferência por não garantir ao proprietário do imóvel o recebimento de todos os aluguéis deixados em atraso pelo inquilino, já que o pagamento é efetuado apenas no término de uma eventual ação de despejo. E com as mudanças na “Lei do Inquilinato”, o fiador pode, inclusive, exonerar-se de sua função em situações específicas.

Alternativa para quem dispõe de algum dinheiro e precisa de rapidez na hora de alugar, a caução (ou depósito) assegura ao locador apenas o valor depositado pelo locatário (geralmente, a quantia relativa a três aluguéis).

O seguro-fiança, por sua vez, garante o recebimento de aluguéis atrasados antes mesmo de um acordo final entre locador e inquilino. Em caso de inadimplência, a comunicação é feita imediatamente à seguradora, após o vencimento do segundo aluguel em atraso. A partir daí, o proprietário recebe os valores pendentes em até 30 dias e continua recebendo os aluguéis, até que haja um acordo entre as partes.

No fiador e na caução, todos os procedimentos com ações judiciais são de responsabilidade do proprietário do imóvel. Já no seguro-fiança, o locador pode contar com o apoio da seguradora durante a execução do processo, além de que estão amparados pelo seguro, também, as despesas do processo de despejo e os honorários advocatícios

quarta-feira, julho 13, 2011

Fundos imobiliários somam R$ 375,5 mi no 1º semestre

Os fundos de investimento imobiliário movimentaram R$ 375,502 milhões no primeiro semestre deste ano nos mercados de bolsa e balcão, registrando 29.789 negócios, de acordo com dados divulgados hoje pela BM&FBovespa. O volume já é quase equivalente ao registrado no ano de 2010, quando esse mercado girou R$ 379 milhões.
Atualmente, são 114 os fundos imobiliários registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com um patrimônio líquido total de aproximadamente R$ 10 bilhões. Do total, 54 fundos têm registro na Bolsa, que acumulam R$ 6,2 bilhões em patrimônio.

Em busca de maior transparência nas divulgações financeiras desse segmento, a CVM participou hoje, na sede da bolsa, em São Paulo, de um debate sobre o projeto de instrução proposto pela autarquia que pretende normatizar a elaboração e a apresentação contábil (de reconhecimento, classificação e mensuração de ativos e passivos) das demonstrações financeiras dos fundos de investimento no mercado doméstico. A questão também engloba o reconhecimento de receitas e apropriação de despesas.

Na prática, a proposta da CVM visa adotar como padrão o critério de reavaliação (conceito que se aproxima do valor de mercado ou valor justo) em fundos de investimento imobiliários (FIIs) que aplicarem em imóveis para renda. No caso de aplicação para venda, continuaria valendo o critério de custo de aquisição ou de construção. Entre outros pontos, a autarquia também está propondo a substituição da divulgação de balancetes semestrais por fluxo de caixa.

Segundo Osvaldo Zanetti Favero Junior, analista da CVM, a intenção é tornar as demonstrações mais claras e simples, com a adoção de critérios que são aplicáveis às companhias abertas. "O objetivo da nossa proposta é melhorar o processo de divulgação dessas informações para o mercado, simplificando os critérios financeiros, tornando a apresentação mais lógica." A proposta segue em audiência pública até o próximo dia 18. (Do Estado de São Paulo)

terça-feira, julho 12, 2011

Exigir cláusulas no contrato garante direitos em caso de atraso na entrega

Dois itens básicos devem ser exigidos no contrato de compra de imóvel na planta para evitar problemas de atraso na entrega: a data de entrega das chaves e detalhes sobre a multa que a construtora terá de pagar se não cumprir o prazo.

Apesar de parecerem óbvias, nem sempre estas cláusulas constam dos contratos firmados na compra do imóvel ou não aparecem de forma clara para o comprador, afirma o presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, Marco Aurélio Luz.

O advogado especialista em direito imobiliário Marcelo de Andrade Tapai recomenda que tudo o que for prometido no momento da compra pelo corretor deve ser registrado por escrito e assinado pelo responsável. "Em geral, estas informações estão resumidas na folha de proposta. Mas naquele calhamaço do contrato assinado podem aparecer, em letras miúdas, cláusulas inadequadas referentes a atraso".

Uma delas prevê que as construtoras teriam um período de três a seis meses depois da obra para a entrega, o que é considerado ilegal, de acordo com o advogado Tapai.

Este argumento foi usado pela Tecnisa, para justificar a demora em liberar o apartamento do empresário Sandro Splicigo, 39 anos. Ele comprou o imóvel na planta, em 2006, com cronograma de início das obras em 2008 e entrega das chaves em setembro de 2010.

Acompanhando a obra informalmente ou por meio de visitas, ele percebeu, um ano antes, que a obra não ficaria pronta a tempo.

O primeiro contato para pedir esclarecimentos foi feito pelo serviço de atendimento ao consumidor da construtora. "Eles sempre se apoiaram no argumento do prazo pós-obra". Dez meses depois da data prometida, Splicigo ainda não recebeu as chaves. Há dois meses, entrou com ação judicial para pressionar a empresa e exigir seus direitos.

DESISTÊNCIA

Se a obra atrasar, o comprador tem direito de desistir do negócio, recebendo o valor integral que já pagou até o momento. Em geral, a desistência tendo atraso como motivo só poderá ser feita depois que o prazo venceu. "Mas pode-se analisar caso a caso. Se o acompanhamento da obra indicar que ela realmente não ficará pronta a tempo é possível a ação", comenta Tapai.

Segundo Marco Luz, comissões de acompanhamento das obras ajudam a forçar a construtora a dar satisfação ao cliente. Para Tapai, o que não se pode fazer é ficar quieto quando a entrega atrasar, para aumentar a pressão sobre as empresas.

O problema é que os cuidados tomados pelos compradores quanto aos contratos não evitam os atrasos, mas possibilitam pleitear direitos na Justiça e minimizar a espera.

O QUE DEVE ESTAR NO CONTRATO

- Data específica de recebimento das chaves; não é o mesmo que conclusão da obra;

- Cláusula prevendo multa para a construtora em caso de atraso. O valor deve ser equivalente ao que o comprador paga se atrasar as parcelas;

- Não aceitar cláusulas que permitem atraso por motivos de força maior

segunda-feira, julho 11, 2011

Minha Casa, Minha Vida: definidas regras para imóveis destinados à baixa renda

A segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida poderá iniciar as contratações para a primeira faixa de renda, até R$ 1,6 mil por mês na área urbana e até R$ 15 mil anuais na zona rural, com a publicação de portaria no Diário Oficial da União que estabele diretrizes para o programa.

De acordo com o texto do Ministério das Cidades, o programa tem como meta a construção de 860 mil unidades habitacionais até o dia 31 de dezembro de 2014, sendo que a distribuição de imóveis pelo País será realizada de acordo com o número de habitantes de cada região.

Outro ponto da portaria é a reserva de, no mínimo 3% das unidades habitacionais para os idosos, atendendo ao Estatuto do Idoso, que prevê prioridade na aquisição de imóveis nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos para os idosos.

Áreas contempladas

O programa atingirá as capitais estaduais e respectivas regiões metropolitanas, além das regiões metropolitanas de Campinas e Baixada Santista, ambas no estado de São Paulo. Distrito Federal e municípios com população igual ou superior a 50 mil habitantes também serão incluídos.

Já as regiões com população entre 20 mil e 50 mil habitantes também serão beneficiadas, desde que possuam população urbana igual ou superior a 70% de sua população total, apresentem taxa de crescimento populacional, entre os anos de 2000 e 2010, superior à taxa verificada no respectivo estado, bem como taxa de crescimento populacional entre os anos 2007 e 2010 superior a 5%.

Distribuição de imóveis

A região que receberá o maior número de habitações da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida será o Sudeste, com 357.005 unidades, seguido pelo Nordeste (258.683), Sul (89.780), Norte (82.285) e, por fim, Centro-Oeste, com 72.247 unidades.

Considerando os estados, a portaria prevê que São Paulo deve receber o maior número de imóveis do programa (181.043). Outras quatro unidades federativas mais contempladas são Minas Gerais, com 83.880 unidades, Rio de Janeiro, com 77.565 imóveis, Bahia, com 67.250, e Pará, com 40.925. Por outro lado, devem ser construídas no Acre apenas 3.306 unidades pelo Minha Casa, Minha Vida.

Valores máximos

A portaria define ainda valores máximos de aquisição dos imóveis, diferenciados entre apartamento e casa.

No caso de São Paulo, considerando a capital e os municípios que integram a região metropolitana, além das regiões de Jundiaí, São José dos Campos e Jacareí, o valor máximo de um apartamento do programa será de R$ 65 mil, enquanto para casa o valor é de R$ 63 mil. Já em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o valor máximo para apartamento é de R$ 54 mil, contra R$ 53 mil para casas, também na capital e região metropolitana:



Valores máximos - Minha Casa, Minha Vida 2 - Capital e região metropolitana

Estado Apartamento Casa

São Paulo e Distrito Federal R$ 65.000 R$ 63.000

Rio de Janeiro R$ 63.000 R$ 60.000

Minas Gerais R$ 57.000 R$ 56.000

Espírito Santo e Tocantins R$ 54.000 R$ 53.000

Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul R$ 54.000 R$ 53.000

Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima R$ 55.000 R$ 53.000

Bahia R$ 57.000 R$ 56.000

Ceará e Pernambuco R$ 56.000 R$ 54.000

Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe R$ 53.000 R$ 52.000

Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina R$ 56.000 R$ 55.000

Fonte: Diário Oficial da União



Novidades

Nesta fase do Programa, os projetos de casas deverão conter sistemas de aquecimento solar. Além disso, haverá a possibilidade dos empreendimentos receberem unidades específicas para o comércio, respeitando os valores máximos para aquisição.

Sancionado em 16 de junho pela presidenta Dilma Rousseff, a segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida estabelece a construção e reforma de mais de 2 milhões de moradias para famílias de três faixas de renda: de até R$ 1,6 mil, até R$ 3,1 mil e de até R$ 5 mil. Na primeira fase do programa, as faixas eram R$ 1.395, R$ 2.790 e R$ 4.650.

As novas diretrizes sancionadas por Dilma destinam R$ 125,7 bilhões para o programa, sendo R$ 53,1 bilhões em financiamentos e R$ 72,6 bilhões em subsídios até 2014.

sexta-feira, julho 08, 2011

Consumidores estão mais à vontade para comprar casa ou carro

Os consumidores se mostraram confiantes quando se trata de comprar uma casa ou um carro agora, do que há seis meses. A confiança para comprar itens da casa, como fogão ou geladeira, também cresceu em junho, só que em menor ritmo.

De acordo com o INC (Índice Nacional de Confiança) divulgado pela Associação Comercial de São Paulo, a parcela dos que se sentem um pouco mais ou muito mais à vontade para adquirir um carro ou uma casa subiu um ponto percentual, passando de 34% em maio, para 35% em junho. No sentido oposto, a parcela dos que se dizem um pouco e muito menos à vontade caiu de 34% para 31% no mesmo período.

O INC dos consumidores que se mostraram mais à vontade para comprar itens para casa avançou três pontos percentuais em junho em relação ao mês anterior: de 44% para 47%. Já a média dos brasileiros que afirmaram se sentir um pouco menos ou muito menos à vontade para comprar esse tipo de produto agora do que há seis meses ficou em 26%, frente aos 28% registrados um mês antes.

Ao considerar as compras maiores, como as de um carro ou casa, a pesquisa aponta que a classe C está mais à vontade, com 40% das respostas, contra 39% das A e B e 26% da DE.

A região Sul apresentou 48% da população declarando estar um pouco ou muito mais à vontade com as compras maiores. O Nordeste ficou com 43%, seguido pela região Sudeste (34%) e pelas regiões Norte e Centro-Oeste, onde o índice foi de 18%.

Próximos seis meses

Em relação à confiança do consumidor no futuro da economia da sua região, 43% acham que vai ficar mais forte, contra 40% dos entrevistados em maio. Já a avaliação dos que acham que a economia vai ficar mais fraca se manteve em 11%.

Quanto à condição financeira pessoal dos entrevistados, 54% acham que vai ficar melhor no próximo semestre, três pontos percentuais a mais que em maio. Já 10% acham que vai ficar pior, o mesmo número mostrado em maio.

quinta-feira, julho 07, 2011

Crea lança em agosto manual sobre reformas

O síndico do condomínio Poema Granja Julieta, Haroldo Silva, de 41 anos, vive um ano agitado por causa de reformas feitas por moradores. Em maio, um dos condôminos resolveu instalar piso de madeira na sua unidade. Ele contratou uma empresa, mas apesar disso, um dos trabalhadores, ao fixar o piso, acabou perfurando a prumada hidráulica. "Isso resultou uma infiltração no apartamento de baixo e prejudicou a torre inteira, pois a água teve de ser desligada para realização dos concertos", conta Silva. Segundo o síndico, o morador teve que pagar por todos os consertos e, posteriormente, teve que reclamar com a empresa pelos prejuízos.

Na semana passada, em outra das quatro torres que fazem parte do condomínio - que totaliza 368 apartamentos - um morador resolveu trocar a sua pia. Na mudança uma parte da fiação elétrica foi cortada, causando um curto circuito. "Isso acabou interferindo na iluminação do hall de entrada. Até hoje, parte das luzes do espaço ainda não funciona", diz ele.

Para orientar síndicos e moradores na hora da reforma, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) vai lançar em agosto uma publicação sobre o tema intitulado "Manual para obras e serviços técnicos em condomínios". Obtida com exclusividade pelo Estado, a cartilha - já aprovada, e em fase de edição - pretende conscientizar a população sobre a importância de haver uma supervisão técnica responsável pelas obras, já que grande parte dos acidentes ocorre quando não existe esse suporte.

"Eu propus a criação da cartilha ao constatar a quantidade de leigos que fazem a reforma em condomínios. Isso sempre é um risco, mas no caso dos verticais é mais perigoso por causa de elementos comuns, como canos e fios passando pelas unidades ", diz a arquiteta Denise Guarezzi, coordenadora do grupo do Crea que desenvolveu o texto.

Junto com ela, outros seis profissionais ligados ao conselho participaram da iniciativa, que começou em maio do ano passado. "Na rua é mais fácil de a prefeitura e Crea fiscalizarem. Porém nos condomínios é mais difícil de saber o que acontece. A maneira de prevenir acidentes neles é contar com a ajuda dos síndicos", afirma Denise.

A arquiteta lembra que são os síndicos que devem ficar atentos, pois a responsabilidade civil e criminal pode recair sobre eles em casos de incidentes. "Quando uma empresa ou profissional com registro no Crea emite uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) a responsabilidade é transferida", explica.

Toda a preocupação levanta a questão: quando o técnico é preciso? "Para um leigo pode parecer que a troca de um piso é simples e não precisa de supervisão técnica. Mas o que se desconhece é que existem questões de impermeabilização e nivelamento, entre outros fatores", diz a arquiteta. O engenheiro civil e diretor da Daniel e Figueiredo Consultores Associados, Flávio de Figueiredo, concorda. Com experiência de 30 anos fazendo perícias, já viu muitos absurdos.

"As pessoas acham que reforma é brincadeira e raramente usam um especialista. Eu sou chamado quando a besteira está feita e aconselho: se o serviço for mais amplo que um reparo, procure pessoas habilitadas", indica Figueiredo.

Outra item que muito leigos não sabem é que a forma como o prédio foi construído pode tornar perigosa uma reforma. "Tivemos um caso muito grave em um dos nossos condomínios. O edifício era construído em alvenaria estrutural e um morador resolveu derrubar uma parede. O que ele não sabia é que neste tipo de construção, a divisória serve como uma viga", conta a gerente de relacionamento da Lello Condomínios. Márcia Romão. Isso preocupou a construtora, que ameaçou suspender a garantia do prédio inteiro, prejudicando todos os moradores. "No final, a construtora reconstruiu a parede para garantir a segurança."

Apesar da segurança que traz à obra, o preço é, em geral, a maior questão para a não contratação de um técnico. "Ter um profissional supervisionando a reforma encarece em média 5% o custo final", diz o diretor técnico do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo,José Antonio da Silva Quaresma.

quarta-feira, julho 06, 2011

Intenção da classe média de comprar imóvel triplica em 2 anos

Cerca de 9,9 milhões de famílias brasileiras pretendem comprar um imóvel ou terreno nos próximos 12 meses, dos quais 47% pertencem à classe média, com renda familiar mensal entre três e dez salários mínimos. É o que aponta um estudo do Data Popular apresentado nesta terça-feira no seminário "Tendências do Mercado Imobiliário", realizado pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.

A intenção de comprar um imóvel era declarada por 1,5 milhão de famílias da classe média no primeiro trimestre de 2009, número que passou para 4,7 milhões no mesmo período neste ano, triplicando o potencial de consumo nesse nicho.

Essa quantidade já é superior ao total de famílias que mostravam essa intenção no início de 2009 (4,4 milhões), considerando todas as classes sociais.

O levantamento do Data Popular foi feito com cerca de 5.000 entrevistados em 140 municípios no país.
O principal impulso para esse salto, de acordo com Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, é o programa federal Minha Casa, Minha Vida, lançado em março de 2009 para a aquisição de moradias de até R$ 170 mil.

RECEIO

A pesquisa aponta também que o principal receio para os consumidores das classes C, D e E ao comprar um imóvel é não conseguir terminar de pagar o financiamento. Já para a população de alta renda, a preocupação mais citada é a de não receber a moradia.

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, esses novos consumidores em potencial precisam de uma consultoria financeira para comprar apenas o que podem pagar e "não transformar o sonho da casa própria em pesadelo".

Para ele, essa orientação é uma obrigação de toda a cadeia do setor imobiliário --começando pelo corretor--, e não só dos bancos que vão conceder o empréstimo e conseguir um cliente para outros produtos e serviços por um período que pode chegar a três décadas.

Para que essa intenção se torne efetivamente uma aquisição, Petrucci considera que é preciso oferecer o "produto adequado" ao mutuário, o que passa, necessariamente, pelo preço do imóvel.

VALORIZAÇÃO

O economista destaca que, na cidade de São Paulo, os terrenos estão muito valorizados e há uma legislação que limita a construção em determinados bairros. Além disso, lembra que a produção em larga escala --possível devido ao aumento da demanda-- permite as empresas melhorarem em itens como tecnologia e processos de construção, reduzindo os prazos de entrega e o preço final ao consumidor.

O levantamento do Data Popular aponta ainda que 16,7% dos brasileiros vivem em residências alugadas e 9,3% em imóveis cedidos --sendo, portanto, também um público potencial para a compra de uma casa ou apartamento. Na classe C, são 17,6% e 5,6%, respectivamente.

Outra constatação destacada por Meirelles é o tamanho do imóvel, mensurado por essa parte da população em quantidade de quartos, não em metros quadrados, atribuindo mais valor para apartamentos com mais dormitórios do que simplesmente maiores. (Matéria Publicado no UOL)

terça-feira, julho 05, 2011

Gasto com imóvel deve comprometer de 20% a 30% da renda mensal


Antes de considerar o lugar em que se deseja comprar ou locar um imóvel, o primeiro passo a ser dado é fazer uma análise financeira de quanto se pode gastar na empreitada. Comprometer entre 20% e 30% do rendimento mensal da pessoa ou da família com o valor da prestação ou aluguel do imóvel é a recomendação de especialistas ouvidos pela Folha.



É importante lembrar que o aluguel não é a única despesa do consumidor: há ainda custos de água, luz, gás, IPTU, entre outros, lembra Alexandre Lignos, consultor financeiro do portal de finanças pessoais IGF.
"Ele tem que fazer uma análise minuciosa, pois não se conseguir arcar com tudo, pode perder todo o valor já pago e o bem", avalia.
Além disso, é preciso computar os gastos com possíveis compra de móveis e reforma.
"Nos imóveis novos dificilmente se gasta menos de 5% do valor dele para mobiliá-lo. A média é de 15% a 20%", pontua.
Apesar do percentual de 30% ser a regra geral usada mesmo para a aprovação de crédito, há consultores que estipulam percentuais menores.
Para quem já comprometeu mais do que 20% de sua renda com o imóvel, é hora de rever as prioridades. Criar uma reserva de emergência que garanta o pagamento das despesas fundamentais da família por, no mínimo, seis meses para que os imprevistos não se tornem problemas.
Rodrigo Franco Gonçalves, sócio da consultoria Foco Financeiro, comenta que antes de entrar em um financiamento, é preciso considerar não só a renda mensal, mas também a despesa mensal e a existência de outras dívidas.
"Deixar uma folga de 15% do salário para uma reserva de emergência é o aconselhável, mas o ideal seria uma parcela de 30%", completa Lignos.
A diretora da consultoria Dinheiro Inteligente, Evanilda Rocha, diz que é importante ter em mente que normalmente o sonho da casa própria exige corte de gastos com relação a outras prioridades.

segunda-feira, julho 04, 2011

Custo da construção civil sobe 1,26% em junho, aponta SindusCon-SP


Os preços da construção civil paulista subiram 1,26% em junho, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

"A variação do CUB de 1,26% em junho foi influenciada pelo recaldo dos acordos coletivos da categoria dos trabalhadores da construção. Embora a data-base do reajuste salarial tenha sido em maio, muitos sindicatos do interior só assinaram a convenção em junho", explicou o diretor de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan.

Em junho, o custo das construtoras com mão-de-obra subiu 8% e o de materiais de construção aumentou 0,5%.

O CUB (Custo Unitário Básico) reflete a variação mensal das despesas do setor para utilização nos reajustes dos contratos da construção civil.

No primeiro semestre, o CUB acumulou alta de 5,43%. Considerando os últimos 12 meses terminados em junho, os custos registraram aumento de 5,69%.

Valor por metro quadrado

No mês passado, o custo da construção civil paulista (R8-N) foi de R$ 951,23 por metro quadrado, sendo R$ 519,02 (54,56%) referentes à mão de obra e R$ 405,87 (42,67%) aos materiais. As despesas administrativas responderam por apenas R$ 26,34 (2,77%).

O CUB relativo ao material atingiu 124,20 pontos no sexto mês do ano. Os custos relativos à mão de obra registraram 148,36 pontos, enquanto os custos de despesas administrativas ficaram em 142,84 pontos.

Alta dos preços

Entre os 41 itens de materiais de construção analisados, apenas oito registraram em junho deflação maior que a do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que registrou -0,18%.

Entre os materiais, os destaques são chapa compensado plastificado 18mm (-0,79%), batente para pintura 3,5x14x70x21cm (-0,72%), esquadrias correr 4 folhas de alumínio 2x1,4m (-0,68%), fio de cobre antichama isolante (-0,52%), concreto (-0,39%), placa cerâmica (azulejo) 15x15cm (-0,33%) e prego 18x27 com cabeça (-0,22%).

Já os destaques de alta são da telha ondulada fibrocimento 6mm (1,78%), tábua de madeira de terceira para construção (1,76%), porta lisa para pintura 3,5x70x210cm (1,32%), aço 10mm (1,31%) e bacia sanitária branca com caixa acoplada de 6 litros (1,21%)

sexta-feira, julho 01, 2011

Preços no atacado e varejo puxam queda do IGP-M

O índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,18% em junho, contra variação de 0,43% no mês anterior, puxado pelos preços no atacado e no varejo. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No ano, o IGP-M acumula alta de 3,15%, e nos últimos 12 meses o aumento é de 8,65%. A queda no índice foi puxada principalmente pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os preços no atacado e responde por 60% do IGP-M. O IPA recuou 0,45% em junho, frente a uma alta de 0,03% em maio.

Os produtos agropecuários no atacado tiveram variação negativa de 2,10% no mês, ante -1,84% no mês anterior. Nesse grupo, os principais recuos vieram dos itens cana-de-açúcar (de 12,28% para -4,19%) e café em grão (de 0,99% para -2,62%).

Por sua vez, os produtos industriais avançaram 0,15%, contra 0,72% em maio. A principal influência partiu do minério de ferro (de 9,30% para 6,86%). Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve deflação de 0,12% nesta medição, contra 0,90% em maio