quinta-feira, junho 30, 2011

Crédito imobiliário cresce mais de 49%, mas ainda tem pouca representação no PIB

Nos últimos 12 meses encerrados em abril de 2011, o crédito habitacional registrou crescimento de 49,6%, contudo, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central, ele ainda tem pouca representatividade no PIB (Produto Interno Bruto): apenas 4,1%.

O percentual é significativamente inferior ao assinalado em outro países, conforme é possível observar na tabela a seguir:

Crédito/ PIB

País (%)

Brasil 4,1%

Itália 22,9%

Alemanha 37,7%

França 39,8%

Área do Euro 40,2%

Espanha 61,2%

Holanda 66,1%

EUA 70,3%

Fonte: Banco Central



Crédito

Ainda conforme o relatório divulgado pelo BC, a pouca expressividade do crédito habitacional pode explicar grande parte da diferença entre a razão do crédito em geral e o PIB brasileiro, visto que este tipo de crédito é o mais dinâmico do mercado brasileiro nos últimos anos.

No Brasil, entre abril de 2005 e deste ano, o volume das operações de crédito passou de 26,3% para 46,6% do PIB. A exemplo do que ocorre no crédito imobiliário, apesar do crescimento, a relação crédito/ PIB brasileira situa-se em patamar inferior ao registrado internacionalmente.

Nos Estados Unidos, considerando apenas pessoas físicas, o crédito equivalia a 86,4% do PIB no quarto mês deste ano. Na Itália, 96,2%; França (95,4%), Alemanha (90%), Área do Euro (105,9%), Holanda (134,7%) e Espanha (163%).

Dentre os países selecionados, somente na Argentina o volume das operações de crédito em relação ao PIB foi menor do que no Brasil, de 16,4%.

Medidas macroprudenciais

O relatório do BC enfatiza que a evolução do crédito nos últimos anos, mesmo abrangendo um grupo crescente de tomadores com pouco ou nenhum histórico de crédito, e apesar da crise internacional de 2008 e 2009, não determinou mudança relevante sobre a qualidade da carteira de crédito do sistema, com apenas 3,4% do volume total encontrando-se inadimplente em maio deste ano.

No crédito referencial, que envolve modalidades como crédito pessoal, crédito para aquisição de bens, cartão de crédito e cheque especial, a inadimplência atingiu 4,5% em dezembro de 2010, menor patamar após a crise.

Apesar das condições favoráveis, em dezembro de 2010 o governo adotou medidas macroprudenciais, a fim de, entre outras coisas, conter a demanda por novos empréstimos, já que foram identificadas fontes de riscos no aumento da alavancagem das famílias e no alongamento de prazos dos contratos em determinadas modalidades no crédito.

Assim, conforme evidenciado pelos segmentos de veículos e crédito pessoal, houve redução de prazos e desaceleração do crescimento do crédito, com a taxa de juros média atingindo 30,4% em maio, ante 22,8% em novembro do ano passado, as concessões recuando de R$ 11,2 bilhões para R$ 8,8 bilhões, e o prazo médio das novas operações saindo de 51,5 para 48,3 meses.

terça-feira, junho 28, 2011

Custo da construção tem desaceleração em junho

O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) desacelerou para 1,43% em junho, contra taxa de 2,03% verificada no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27/6) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços recuou para 0,41%, ante 0,45% em maio. O índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,42% em junho, face a 0,43% no mês anterior, refletindo o comportamento do item materiais para instalação (de 0,98% para -0,07%).

A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,53% em maio, para 0,37% em junho. Neste grupo, vale destacar a desaceleração do subgrupo serviços técnicos, cuja taxa passou de 1,01% para 0,28%. Já no índice referente a Mão de Obra a alta foi de 2,46%, abaixo da taxa observada no mês anterior, de 3,70%.

De acordo com a entidade, a desaceleração foi consequência de impactos decrescentes de reajustes salariais ocorridos nas cidades de Brasília, onde a taxa passou de 6,02% para 3,25%, e São Paulo, cuja variação recuou de 5,34% para 4,54%.Em Porto Alegre, também em razão de reajustes salariais, a taxa passou de 0,14% em maio, para 1,03% em junho.

Público que contrata crédito imobiliário é jovem e homem, mas tendência é mudar

Público que contrata crédito imobiliário é jovem e homem, mas tendência é mudar
Quando foi criado em 2009, o programa Minha Casa, Minha Vida movimentou o mercado imobiliário. Aproveitando-se do bom momento econômico no qual vivia o Brasil, apesar dos reflexos da crise financeira que assolavam o país, o programa habitacional do Governo fez renascer o sonho da casa própria. Mas não para todos.

Para comprar o imóvel próprio, aqueles que não se encaixam nos critérios do Minha Casa, Minha Vida precisam recorrer a outros meios. E são os bancos as fontes de recursos mais populares entre os brasileiros. Para se ter uma ideia, apenas em São Paulo, de acordo com dados do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), essa forma de pagamento para a compra de imóveis supera os 50% de participação em todas as regiões.

O percentual poderia ser maior, pois diante dos aumentos frequentes de juros, encurtamento dos prazos e, muitas vezes, por conta da burocracia, muitos ficam de fora e esperam outras oportunidades para a compra de imóveis.

Para entender melhor qual é o perfil dos brasileiros que têm acesso ao financiamento da casa própria, o InfoMoney consultou os maiores bancos do País e descobriu que quem contrata o crédito é jovem, na faixa dos 30 anos, homem, em ascensão de carreira e com família em formação.

Comportamento

“A maioria dos financiamentos é voltada para o homem, até porque, para eles, os financiamentos de casa e carro são os primeiros itens da lista quando pensam em crédito”, explica o gerente-executivo da Diretoria de Crédito do Banco do Brasil, Ewerton Gonçalves Chaves. Embora ainda novo no segmento (o crédito imobiliário no BB tem três anos), o banco já registra um saldo de R$ 3,4 bilhões em operações no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 16,1% na comparação com 2010. O saldo médio por cliente é de R$ 98 mil, considerando o período.

No banco, 62,6% do saldo é de homens e 37,4% de mulheres. Chaves explica que, no caso delas, pesa a questão da entrada tardia no mercado de trabalho e da renda, ainda menor que a dos homens. Para resolver o problema, na hora de comprar a casa própria, a renda dela se soma a dele. “As famílias ainda superam e representam a maior parte dos clientes de crédito imobiliário. Mas os solteiros passam a ser um nicho a ser explorado”, acredita o executivo.

A renda de 16% dos clientes de crédito imobiliário do BB soma até R$ 2 mil. Outros 31% ganham entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. Já 29% das operações é destinada a clientes com renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. No HSBC, 39% dos clientes estão nessa faixa de renda, 19% ganham de R$ 3 mil a R$ 5 mil e 17% recebem até 3 mil. Parte relevante dos clientes do banco (25%) tem renda acima de R$ 10 mil.

Assim como no BB, no HSBC grande parte dos clientes de crédito imobiliário é jovem. Aqueles que se encontram na faixa entre os 30 e 50 anos de idade representam 70% dos clientes. O perfil dos clientes da Caixa Econômica Federal não é muito diferente: 29% estão na faixa dos 36 a 45 anos de idade e 42% têm até 35 anos. Do total de clientes, 63% são do sexo masculino e 37% do feminino.

Ao contrário dos demais bancos, porém, a renda dos brasileiros que contratam financiamento na CEF é mais baixa: 31% têm renda de até três salários mínimos e 33% entre três e seis mínimos. O banco é uma das instituições que mais concede crédito imobiliário do país e é o principal agente financeiro do Minha Casa, Minha Vida. Para se ter uma ideia, somente em São Paulo, os financiamentos feitos pelo banco representaram quase 50% do total das transações, segundo o Creci.

Em 2010, o saldo em carteira do crédito chegou a R$ 102,31 bilhões e 44% dos contratos eram para imóveis de até R$ 50 mil e outros 37% para contratos de valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Os brasileiros que contratam crédito imobiliário também têm outro ponto em comum: grande parte deles vive nas regiões Sul e Sudeste.

No caso do HSBC, apenas seis estados (São Paulo, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro) concentraram cerca de 80% das contratações de 2010. No caso da Caixa, quase metade das contratações ficou concentrada na região Sudeste.

Tendências

Com programas como o Minha Casa, Minha Vida e o aumento da renda, a tendência é que o perfil de quem contrata financiamentos mude. E tudo isso muito por conta da entrada da classe C no universo do consumo. “A classe C é outro nicho que os bancos devem explorar”, reforça Chaves, do Banco do Brasil. “A oferta de imóveis para o público solteiro está cada vez maior e esse é um outro nicho”, diz o executivo.

No caso das mulheres, como elas apresentam taxas de inadimplência menores que a dos homens, elas tendem a ser outro foco. Até lá, a maior preocupação de quem pensa em comprar a casa própria é sair do aluguel. E não à toa, estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostrou que a participação na renda da despesa com a prestação da casa tem sido menor que a participação da despesa com aluguel.

A tendência é que o público que contrata financiamento imobiliário fique cada vez mais jovem, mais feminino e mais preocupado consigo mesmo.

quarta-feira, junho 22, 2011

Inverno: conheça os vilões da sua conta de luz, que podem elevar os custos em até 30% no final do mês.

As quedas das temperaturas vêm acompanhadas com o glamour das roupas do frio, o aconchego de um cobertor e o sabor do chocolate quente. Mas a chegada do inverno, que começa nesta terça-feira (21) às 14h16, também é marcada por grandes aumentos na conta de luz dos consumidores.
Assim como ocorreu nos demais anos, aquecedores, torneiras elétricas, chuveiros com a potência máxima e outros itens são ligados excessivamente para amenizar as baixas temperaturas dentro de casa. O conforto dos moradores, entretanto, eleva os gastos.

De acordo com especialistas, o valor da conta de luz, no inverno, chega a subir de 20% até 50%, dependendo da região, do tamanho da família e dos hábitos de cada uma.

Vilão número 1: chuveiro

Entre os principais vilões estão, sem dúvida alguma, os chuveiros, equipamentos que representam cerca de 25% a 30% do consumo de energia residencial. Quando o aparelho está com a chave na posição "inverno", de acordo com a Eletropaulo, o consumo aumenta em 30%.

Dessa forma, de acordo com a empresa, a principal mudança de hábitos para controlar a conta de luz é reduzir o tempo de banho. Além disso, deve-se evitar o uso do chuveiro no horário de pico, para não sobrecarregar o sistema elétrico da sua cidade.

Cuidado com os aquecedores

No caso dos aquecedores para água, a dica primordial é ajustar o termostato de acordo com a temperatura ambiente, pois, se esquentar demais e houver necessidade de misturar a água fria, haverá grande desperdício.

Além disso, ligue os aparelhos somente pelo tempo necessário. Uma possibilidade é instalar um timer para tornar essa tarefa automática. E fique atento para nunca ligar o aquecedor vazio à rede elétrica – para verificar se está vazio, abra a torneira de água quente com o aquecedor central desligado.

Já em relação aos aquecedores utilizados para esquentar os ambientes da casa, evite o desperdício de energia ligando-os apenas em locais com portas e janelas totalmente fechadas e também onde há pessoas presentes.

Ferro de passar roupa

Outro grande consumidor de energia elétrica na estação mais fria do ano é o ferro, que funciona por meio do aquecimento de uma resistência, cuja potência varia conforme o modelo do aparelho.

Para usá-lo com economia, habitue-se a acumular a maior quantidade possível de roupas, para passar tudo de uma vez só. Ligá-lo várias vezes ao dia desperdiça muita energia. Também regule a temperatura seguindo as orientações do fabricante ou, no caso do ferro elétrico automático, a indicada para cada tipo de tecido.

Outra dica é iniciar sempre pelas roupas que requerem temperaturas mais baixas. Assim, reserve algumas roupas leves, como as feitas de nylon e lingeries, para serem passadas nos últimos dez minutos, com o ferro desligado. Isso ajuda a economizar, já que o aparelho ainda estará quente.

Torneiras

No caso das torneiras elétricas, elas são de fato um ótimo conforto, mas que consomem bastante energia.

Dessa forma, procure ensaboar toda a louça (copos, pratos, talheres, panelas, etc) antecipadamente, para depois enxaguá-las de uma só vez. E, lembre-se: use o aparelho somente em caso de necessidade, como quando as temperaturas estão muito baixas.

Geladeira

Os consumidores ainda devem prestar atenção à geladeira, para evitar elevações exageradas na conta de luz. Afinal, segundo especialistas, o aparelho é responsável por 30% do consumo residencial.

Para economizar, o termostato dela deve estar regulado adequadamente, o que significa menor portência, já que o clima está frio. Além disso, a borracha de vedação precisa estar em bom estado, evitando que o ar frio escape de dentro da geladeira.

Além disso, se preocupe em tirar de uma só vez todos os alimentos, bebidas e outros produtos que necessite e não guarde nada ainda quente no refrigerador nem no freezer. (Matéria publicada no portal InfoMoney)

segunda-feira, junho 20, 2011

ACABAMENTO

Transparência e conforto

Tradicionais na arquitetura, os blocos de vidro trazem funcionalidade aos ambientes, oferecendo luminosidade, cores, proteção e leveza. "A utilização de materiais translúcidos para vedar ambiente é uma maneira eficaz de trazer luz natural para o interior, reduzindo o consumo de energia elétrica. Os blocos de vidro possuem ainda extensa variedade de texturas e até mesmo cores, o que oferece leveza, harmonia e aconchego aos espaços", destaca o arquiteto William Hanna.

Texto: Renata Ramos
Claridade e conforto térmico e acústico para os ambientes. Para conseguir essas características, os tradicionais blocos ou tijolos de vidro são a opção de muitos arquitetos, que preferem gastar menos sem prejudicar a estética do projeto.

"A utilização de materiais translúcidos para vedar ambiente é uma maneira eficaz de trazer luz natural para o interior, reduzindo o consumo de energia elétrica. Os blocos de vidro possuem ainda extensa variedade de texturas e até mesmo cores, o que oferece leveza, harmonia e aconchego aos espaços", destaca o arquiteto William Hanna. A arquiteta Thelma Christina concorda que é possível utilizar os tijolos de vidro com criatividade e elegância. "Com eles, uma cozinha, por exemplo, pode parecer mais ampla e contar com luz natural para o preparo de alimentos e a realização de refeições. Da mesma forma, são boas opções para locais que necessitam de privacidade, como as áreas de chuveiro", acrescenta a profissional.

Thelma lembra ainda que o bloco incolor apresenta transparência de quase 80% e protege o espaço do fogo durante um bom tempo. "Eles são realmente seguros se aplicados com técnica e têm coeficiente de condução térmica de 2,9 W/h contra 6,0 W/h do vidro plano, ou seja, com um coeficiente menor, proporcionam maior isolamento", defende Pedro Almeida, gerente de Logística e Produto da Seves Glassblocks do Brasil.

Aplicação

Hanna alerta que, no assentamento, é importante utilizar uma argamassa própria, um espaçador para cada unidade, uma esponja úmida para retirar o excesso de argamassa e rejunte com cimento branco ao final do processo. Outro aspecto importante são as dimensões. Em um painel de blocos de vidro, elas são limitadas em altura e largura em 5 m. "Para a construção de um painel com mais de 25 m2, é preciso contar com vigas e pilares de reforço. Já paredes curvas e de áreas externas deverão ser sempre reforçadas com ferro de 5 mm, vertical e horizontalmente, em qualquer medida", esclarece a diretora comercial da Sicmol, Ângela Sebba.

Modelos, medidas e investimento

Os tijolos de vidro, geralmente, medem 19 x 19 x 8 cm. Porém, atualmente, os fabricantes oferecem modelos em várias medidas, como 24 x 24 x 8 cm, 30 x 30 x 10 cm, 33 x 33 x 12 cm e 42 x 42 x 12 cm.

Quanto às cores, há muitas variações. "Há modelos com coloração no próprio vidro, em versões metalizadas ou comuns; coloração por injeção de tinta no interior dos blocos, todos na versão metalizada; e coloração no próprio vidro", relata Almeida.

Como o acabamento oferece luminosidade e bom isolamento termoacústico, não necessita de pintura e tem fabricação no Brasil, pode se revelar com bom custo x benefício para a obra. "Dependendo do modelo e solução, os custos podem variar de R$ 6 a R$ 30 a unidade." (matéria extraída do Portal Casa & Cia, do UOL)

quinta-feira, junho 16, 2011

Carga tributária eleva em 20% os custos de uma obra

A perda de competitividade da indústria de material de construção, que resultou em um déficit comercial de US$ 1,6 bilhão em 2010, é resultado da elevada carga tributária do país, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Melvyn Fox.
De acordo com cálculos da associação, cerca de 20% dos custos de construção de uma obra vêm da tributação.

Levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido da associação aponta que gastos com energia ocupam 11,4% dos custos operacionais do setor. Para segmentos com uso mais intensivo de energia, esse custo pode chegar a 35,5%, como é o caso da indústria de cimento e cal, ou 30,7%, como a de produtos cerâmicos.

Quando a indústria não opera com elevado uso de capital ou energia, é o gasto com encargos trabalhistas o maior entrave para a competitividade. Despesas com tributos voltados para mão de obra representam 20,3% dos custos operacionais.

"Estamos trabalhando com o governo uma forma de reduzir o peso da carga tributária nos materiais de construção para elevar a competitividade do setor, visto que estamos num cenário de fortes demandas a caminho, como o Minha Casa Minha Vida 2, Copa 2014, Olimpíadas 2016", afirma Fox.

Ele disse que a Abramat vem discutindo com o governo a possibilidade de tornar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que vencerá em dezembro deste ano, numa desoneração permanente.

"Esperamos que isso seja anunciado no final deste ano, ainda", destaca.

Além disso, a associação tem participado das discussões em torno da redução de encargos trabalhistas e de impostos de energia. "Não esperamos avançar nessas discussões sem a contrapartida da compensação. Claro que o governo não abrirá mão da arrecadação, então estamos estudando a melhor forma disso acontecer", analisa.

Segundo o professor da FGV e coordenador da pesquisa, Fernando Garcia, uma redução nos encargos trabalhistas resultaria na compensação de 13% dos custos da indústria.

"Esse valor poderia ultrapassar 25% quando levamos em consideração novos investimentos, ganho de escala e outras medidas que o setor tomaria em detrimento da redução dos custos operacionais", estima.

O câmbio, um dos principais fatores de perda de competitividade do setor, tende a se manter desvalorizado pelos próximos anos, o que exige um esforço maior da indústria.

"Não devemos esperar grandes desvalorizações do real, ainda mais no atual ciclo de ingresso de investimentos estrangeiros por conta de todos os eventos que vamos receber", afirma Garcia.

"Isso é um fator positivo, ninguém quer que o país deixe de crescer. Mas vai demandar um empenho maior da indústria nacional, que hoje está mais acostumada a privilegiar o mercado doméstico, fortemente aquecido", complementa.

quarta-feira, junho 15, 2011

Produção imobiliária cresce 105%

A produção imobiliária na RMC (Região Metropolitana de Campinas) cresceu 105% no quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010, levando-se em conta o aumento de aprovações de projetos liberados pela Prefeitura de Campinas. A projeção é da Habicamp (Associação Regional da Habitação), que neste mês não divulgou o VGV (Valor Geral de Vendas) desses futuros imóveis. Nos quatro primeiros meses deste ano, a região teve aprovados 837.185 m² contra 408.269 m² no mesmo período de 2010.
“Se continuar neste ritmo de crescimento, iremos ter uma expansão entre 10% e 11% no número de construções, medido pelo m² aprovado”, disse o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho. E, 2010 foi um ano com bom desempenho para a construção civil regional, com média de 102.067 m² por mês aprovados. “Este ano, até abril, essa média mensal atingiu 209.067 m²”, afirmou. O mercado imobiliário da RMC continua superaquecido porque para boa parcela da população o imóvel é ainda a melhor opção de reserva de valor para o longo prazo e aposta na valorização do bem.
Para Lima Filho, o fato de a Prefeitura de Campinas, responsável por 80% das aprovações, estar reavaliando e, consequentemente, suspendendo as próprias autorizações de obras por determinação do Ministério Público, pode atrapalhar, no primeiro momento, a expansão deste mercado. “Essas obras averiguadas, sendo que algumas estão prontas, terão de ser liberadas assim que tudo estiver regularizado. Alguém terá de pagar essa conta, já que muitas pessoas adquiriram o imóvel e estão aguardando a sua liberação”.
Na última sexta-feira, segundo Lima Filho, a Secretaria de Urbanismo de Campinas convidou a Habicamp, a Regional Campinas do SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado e o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) para participar de um encontro para tratar o assunto. O convite deve ser publicado nos próximo dias no DOM (Diário Oficial do Município). Para a Habicamp, este problema não teve causar reflexo muito forte no setor porque a RMC é “cobiçada” por grandes construtoras devido à sua infraestrutura e serviços de referência ofertados. (Matéria publicada no jornal Todo Dia, de Americana)

segunda-feira, junho 13, 2011

Planejamento de obra deve considerar 15% para imprevistos


LÍGIA SANCHEZ

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O principal desafio em reformas é cumprir o orçamento. A dificuldade costuma vir de planejamento incompleto e mudanças durante a obra. "Considere uma margem de eventualidade de 10% a 15% no valor previsto", sugere o arquiteto Fabio Christe. Ter fundo de reserva é especialmente importante quando a renda já está comprometida com o financiamento do material.

"O senso comum de que 'reforma sempre dobra de valor e tempo' ocorre quando não se cumpre planejamento ou quando não existe projeto acordado entre as partes," afirma Fabiano Calil, consultor financeiro.

Dentro do plano de obra, devem estar orçamento, tempo de duração do projeto e finalidade do financiamento.

A decoradora Syrlene del Paulicchi alerta que as linhas de crédito oferecidas no modelo de cartão não podem ser usadas para pagar a mão de obra, por exemplo.

Ela recomenda destinar esse crédito para a compra de materiais de acabamento, que geralmente são mais caros e não têm problemas em serem estocados.

A marcenaria, por exemplo, representa cerca de 40% do valor da obra. "Os fornecedores são os que oferecem menos vantagens no pagamento, menor número de parcelas e valores mais altos. Com os cartões, dá para negociar e conseguir desconto, pois a compra é à vista."

A balconista Maria de Lourdes da Silva Santos, 50, contratou o cartão do Itaú para a construção da garagem de sua casa, obra que já havia planejado. "Com o cartão, comprei madeira e telha. Agora vou comprar o verniz e o acabamento", completa.

O fato de começar a pagar o financiamento após seis meses é o que libera recursos para a mão de obra.

PASSO A PASSO

Um erro frequente, segundo o consultor Calil, é querer reformar a casa toda de uma vez, desejo comum de quem tem de conviver com a bagunça da obra dentro de casa.

"É aí que as pessoas acabam estourando o caixa e recorrem ao crédito no momento mais vulnerável, quando não podem parar a construção", afirma.

O importante é saber o valor da obra. As reformas custam entre 20% e 30% do preço de um imóvel novo, segundo o consultor, que sugere dividir o projeto em partes para que ele não pese muito no orçamento. (Matéria publicada no UOL).

quarta-feira, junho 08, 2011

CONSTRUÇÃO CIVIL

Campinas é a 2ª no interior em empregos A construção civil gerou saldo de empregos (contratações menos demissões) de 3.257 vagas com carteira assinada nos 19 municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas) e mais outras 60 cidades paulistas no primeiro trimestre deste ano. O estoque de mão de obra no setor é de 2,915 milhões de trabalhadores no País e 774.610 no Estado.

A participação da região de Campinas no número de trabalhadores nos canteiros de obras do Estado corresponde a 9,9%, o segundo maior índice do interior, perdendo apenas para a região de Sorocaba (10,7%).

Os dados foram divulgados regionalmente ontem pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas). Para o SindusCon-SP, a elevação nas contratações do setor brasileiro reforça a estimativa de que o PIB (Produto Interno Bruto) da construção deverá crescer entre 5% e 6% neste ano.

A região Sudeste do País é que a mais concentra trabalhadores do setor. Dos 2.915.673 funcionários com carteira assinada existentes no Brasil em março, 1.503.311 estavam no Sudeste, 610.575 no Nordeste, 407.275 no Sul, 220.844 no Centro-Oeste e 173.668 na região Norte.

No Estado de São Paulo, todas as regionais do SindusCon tiveram índice de crescimento positivo no 1º trimestre deste ano. Quando avaliado apenas o mês de março, o saldo estadual ficou em 2.067 contratações de trabalhadores da construção civil. Entretanto, em regiões como Sorocaba (-1,09%), São José dos Campos (-0,08%), Bauru (-1,34%) e São José do Rio Preto (-0,90%), o nível de emprego na construção caiu. As regionais da Capital (0,80%), Santo André (0,60%), Campinas (0,31%), Ribeirão Preto (0,16%), Santos (0,31%) e Presidente Prudente (1,3%) obtiveram alta no nível de emprego em março.

A região de Campinas gerou saldo de 240 vagas no terceiro mês do ano.

Na área da Regional Campinas do SindusCon-SP, o destaque foi o município de Indaiatuba, que gerou saldo de 848 vagas neste primeiro trimestre e 211 empregos só em março. Em seguida, aparece Campinas, com 625 vagas no acumulado e 347 demissões em março.

A queda de 1,71% em março da cidade de Campinas puxou o índice regional para baixo. Em Americana, os saldos do trimestre e do mês foram positivos, em 105 e 84, respectivamente. O mesmo aconteceu com Valinhos, com 113 e 70 vagas. Os números já foram ajustados conforme a RAIS 2009, que passou a embasar os dados publicados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), modificando a série histórica da pesquisa a partir de dezembro de 2010.

terça-feira, junho 07, 2011

PIB da construção supera avanço da economia nacional

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção civil teve alta de 2% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o quarto trimestre de 2010. O valor supera o índice de 1,3% registrado pela economia do país no mesmo intervalo.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam alta de 5,2% na comparação com primeiro trimestre de 2010.

"Os dados confirmam o nível de atividade expressivo da construção em 2011, que já havíamos captado pelos números que mostraram a contratação de mais 86,2 mil novos empregos com carteira assinada, no primeiro trimestre, resultado 10,9% superior ao acumulado pelo setor de janeiro a março de 2010", disse o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Sergio Watanabe.

Segundo ele, os dados do IBGE "reforçam a estimativa de que o PIB da construção deverá crescer entre 5% e 6% neste ano".

quinta-feira, junho 02, 2011

Construção civil gera 86,2 mil novos emprego no 1º trimestre



A construção civil brasileira gerou 86,2 mil novos empregos com carteira assinada no primeiro trimestre do ano, acumulando um total de 2,916 milhões de trabalhadores em todo país, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas).

"Esta elevação nas contratações do setor reforça a estimativa de que o PIB da construção deverá crescer entre 5% e 6% neste ano", comenta o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe.

De acordo com o sindicato, o nível de emprego desacelerou em março, com alta de 0,18%, após ter aumentado 2,86% no acumulado dos dois primeiros meses do ano.

"Mesmo assim, a alta foi capaz de elevar para 86.216 o número de contratações acumuladas no ano, resultado 10,9% superior ao acumulado pelo setor de janeiro a março de 2010", diz em comunicado.

A região Sudeste do país foi a que mais concentrou trabalhadores do setor. Dos 2.915.673 funcionários com carteira assinada existentes no Brasil em março, 1.503.311 estavam no Sudeste; 610.575 no Nordeste; 407.275 no Sul; 220.844 no Centro-Oeste e 173.668 na região Norte. 

quarta-feira, junho 01, 2011

Governo anuncia concessão de aeroportos à iniciativa privada



O governo informou aos governadores e prefeitos de cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014 a decisão de conceder à iniciativa privada os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. O anúncio foi feito durante a reunião ontem, convocada pela presidenta Dilma Rousseff para discutir os preparativos para a Copa.

De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), recém criada pela Presidência da República, as concessões serão feitas por meio de sociedades de propósito específico (SPE), constituídas por empresas privadas que se encarregarão da gestão desses aeroportos e pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que terá participação até 49% em cada aeroporto.

"A SPE será uma empresa privada, ficará responsável por novas construções e pela gestão desses aeroportos. Como acionista relevante das SPEs, a Infraero participará das decisões da companhia", diz a nota.

De acordo com a SAC, a metodologia e os critérios do edital de concessão serão elaborados por empresas especializadas, devendo estar prontos em dezembro de 2011.

De acordo com o ministro-chefe da SAC, Wagner Bitencourt, as medidas visam a atender a demanda para os próximos anos, inclusive para o período da Copa do Munda de 2014. O ministro disse ainda que o governo continua os estudos para concessão de mais dois aeroportos: Confins (MG) e Galeão (RJ).