Fonte: Maria Teresa Costa (AGÊNCIA ANHANGUERA)
Vista aérea do Trevo de Sousas, onde começa o Anel Viário Magalhães Teixeira e onde também vai começar a nova rodovia que fará a ligação com a Via Anhanguera, próximo a Sumaré: conclusão em 2017
(Foto: Flavio Grieger/28mar2010/AAN)
A concessionária Rota das Bandeiras prevê um investimento de R$ 790 milhões na implantação de uma alternativa de tráfego para eliminar os constantes congestionamentos da Rodovia D. Pedro I (SP- 65), no trecho urbano de Campinas.
O projeto de construção de uma nova estrada, que vem sendo chamada de Contorno Norte, foi protocolado na Agência Reguladora de Transportes (Artesp) em dezembro e apresentado nesta sexta-feira (9) aos deputados da região. Se aprovado pela agência, o contorno, com início no Anel Viário Magalhães Teixeira (SP-83) e término no Km 115 da Anhanguera (SP- 330), será feito em três etapas, com início em 2013 e término em 2017.
A implantação dessa estrada irá tirar, segundo cálculos da concessionária, 50 mil veículos por dia do trecho urbano da Rodovia D. Pedro I dentro de Campinas. A proposta mostrada a nove deputados e ao presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), Hamilton Bernardes Jr. (PSB), teve alterações em relação ao traçado que vinha sendo trabalhado pela concessionária.
A principal delas é que o Contorno Norte não irá mais se ligar diretamente à Rodovia Luiz de Queiroz (SP- 304), mas chegará no Km 115 da Anhanguera, em Sumaré, pouco antes do pedágio.
O presidente da Rota das Bandeiras, Luiz César Costa, não atendeu a imprensa, mas deputados que participaram do encontro informaram que a alteração visou evitar problemas com a concessionária da Anhanguera. Mantido o projeto original, a nova estrada iria impactar significativamente o pedágio existente em Sumaré, comprometendo o equilíbrio financeiro da concessionária AutoBAn.
A Artesp informou que ainda analisa o projeto que prevê um contorno com 39 quilômetros de extensão, em forma de U. Ele sairá do entroncamento da Rodovia D. Pedro I com o anel viário, seguirá margeando essa rodovia e vai cruzar com a Adhemar de Barros e com a Zeferino Vaz, entre os Km 23 e Km 24, preservando a Mata de Santa Genebra, e irá se conectar à Anhanguera no Km 115.
O principal atributo dessa estrada será tirar o transporte de cargas perigosas do perímetro urbano de Campinas, já que propiciará aos caminhões que se dirigem à Refinaria de Paulínia (Replan) uma alternativa de rota.
A Rodovia D. Pedro I já está saturada no trecho dentro de Campinas. Por ali passam 125 mil veículos por dia e a construção de uma alternativa, segundo deputados que participaram do café da manhã, vai potencializar os investimentos previstos na região, uma vez que irá eliminar um dos principais gargalos a esse desenvolvimento, que é o pesado trânsito nas estradas.
Sem essa alternativa, em pouco tempo a D. Pedro I vai parar, principalmente levando-se em consideração os investimentos que já estão previstos e que são grandes polos geradores de tráfego, como a ampliação de Viracopos, o polo Santander, a ampliação da Replan, a modernização do Porto de São Sebastião e a ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná.
Sem contar a capacidade, hoje ociosa, do Terminal Intermodal de Cargas (TIC) que deverá ser ampliada. No TIC, com 80 empresas instaladas, há um fluxo de 4 mil veículos por dia.
Para a construção da estrada, a Rota das Bandeiras precisará reprogramar os investimentos previstos nos 30 anos de concessão de forma a ter recursos antecipados. Além disso, a viabilidade do empreendimento estará também na arrecadação de pedágio — ela será com cobrança ponto a ponto. A estimativa é de um custo de pedágio de R$ 1,16 no trecho de 34 quilômetros.
A concessionária prevê concluir o primeiro trecho em setembro de 2014.
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