Existem hoje na Caixa Econômica Federal em Campinas 43 empreendimentos imobiliários a espera de autorização para a concessão de financiamentos por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. No total, são 5.901 unidades habitacionais que poderiam estar beneficiando famílias com renda entre zero e dez salários mínimos.
Esse número de casos que ainda estão em análise na Caixa representa mais de 50% das unidades habitacionais financiadas pelo programa em Campinas desde seu lançamento, em abril de 2009, até o final de julho deste ano. No período, foram financiados total ou parcialmente um total de 11.666 unidades, divididas por 34 conjuntos habitacionais.
De acordo com a Caixa, se a construtora apresentar a documentação completa no ato do pedido de financiamento pelo programa, o tempo médio de espera é de 60 dias. Mas a própria instituição financeira admite que muitos dos casos em análise demoram mais do que isso para serem liberados por falhas ou descumprimento de prazos na entrega de documentos.
A Caixa esclarece que muitos empreendimentos necessitam de detalhamento das diretrizes das concessionárias de serviços públicos ou licenciamentos em órgãos ambientais, e a maioria dos empreendedores procura esses órgãos depois que entraram com o pedido na Caixa. Segundo o banco, “a verificação prévia desses quesitos pela empresa agiliza bastante a análise”.
No caso de empreendimentos destinados às famílias com renda entre zero e três salários mínimos, o financiamento feito pelo programa é total. Em casos que envolvam famílias com renda entre três e dez salários mínimos, existem outros dois modelos: um que mescla recursos do programa e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e outro qualificado como misto.
Em 2011, o número de imóveis financiados com recursos do programa apresentou redução significativa em relação aos anos anteriores. De janeiro a julho deste ano, foram autorizados apenas 929 unidades na cidade, contra 10.737 imóveis em 2009 e 2010.
Segundo o diretor-adjunto do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) de Campinas, Márcio Benvenutti, essa queda se explica pelo fato de que o governo ainda não havia, nesse período, definido as regras do Minha Casa, Minha Vida 2. (Jornal Todo Dia / Americana)
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