segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Estudo do Secovi-SP mostra que em três anos, Campinas recebe quase 20 mil novos apartamentos

Levantamento mostrou, ainda, que os segmentos econômicos
foram o destaque nos lançamentos e vendas

O Secovi-SP (Sindicato da Habitação) apresentou, nesta segunda-feira, 14/2, um Estudo inédito do Mercado Imobiliário do Interior contemplando imóveis residenciais verticais. O levantamento revelou que, de fevereiro de 2007 a julho de 2010, foram lançadas quase 20 mil unidades na cidade de Campinas.

Os imóveis de 2 dormitórios sem elevador e de 2 dormitórios econômico lideraram os lançamentos do município, atingindo 42,2%, com 8.358 novas unidades. Alguns dos motivos para esta tendência podem ser as facilidades na concessão de crédito bancário para a compra do imóvel, o programa Minha Casa, Minha Vida e o aumento da renda das famílias das classes C e D.

Na sequência estão os imóveis tradicionais com 3 dormitórios, somando 25,9%, ou 5.119 unidades. O segmento com menor número de lançamentos e vendas foi o de 1 dormitório, com 190 imóveis lançados e 178 vendidos.

Em relação às vendas do mesmo período, os segmentos que contaram com o maior número de comercializações foram os de 2 dormitórios sem elevador, com 4.570 unidades, e o tradicional de 3 dormitórios, com 4.254 unidades.

Consequentemente também à grande busca por imóveis do segmento econômico, o levantamento mostrou que unidades de 46m² a 65m² foram as que tiveram maior número de lançamentos e vendas, com 8.207 unidades lançadas e 6.499 comercializações. Em segundo lugar vêm os apartamentos com até 45m², com 5.358 lançamentos e 3.295 vendas, seguidos daqueles com mais de 65m².

O preço por m² na região ficou, na média R$ 2,3 mil para o segmento econômico, e de R$ 3,5 mil a R$ 4,1 mil por m² para os demais segmentos, de acordo com o padrão e a localização do imóvel.

Tendências do mercado imobiliário nacional
Em 2011, o lançamento e as vendas de imóveis de luxo e aqueles voltados para a classe média-alta deverão permanecer estáveis. Unidades populares manterão destaque, porém haverá necessidade de maior agilidade na liberação do crédito, e também de criação de tecnologias construtivas e estratégias diferenciadas de marketing por parte das empresas para conquistar esse público. A disponibilidade de imóveis residenciais e salas comerciais para locação também é uma das tendências do mercado imobiliário para 2011.

Ainda, o setor prevê investimentos de mais de R$ 65 bilhões oriundos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Apesar da ampla disponibilidade de crédito, será preciso intensificar debates e estudos com o objetivo de atrair novas fontes de recursos para a produção e aquisição de imóveis.

A fim de atender ao volume crescente de financiamentos, o segmento continuará a pleitear a racionalização da análise de processos nos municípios, com informatização e transparência; a integração dos procedimentos burocráticos das três esferas de governo, com eliminação de duplicidade – especialmente no meio ambiente.

Ainda, a formação de comitês de avaliação dos procedimentos burocráticos com representantes do governo e da iniciativa privada; a modernização adequada da fiscalização, com atuação rápida e transparente; e o aperfeiçoamento do contexto jurídico, para dar maior segurança a todos, com redução de custos.

Nos próximos 12 anos, o Brasil vai precisar de 900 milhões de metros quadrados de terrenos urbanos para construir algo em torno de 24 milhões de moradias, conforme prognóstico do Construbusiness Fiesp 2010. Para suprir essa demanda, será necessário um reposicionamento geral dos conceitos das políticas de desenvolvimento urbano, até então alicerçadas na defesa intransigente do espraiamento das cidades em oposição ao adensamento.

Cidades compactas, com trabalho, moradia e lazer próximos, solucionando, em boa parte, os problemas de mobilidade é um modelo adotado mundialmente. O estabelecimento de boas regras de ocupação urbana - compacta e sustentável - é a forma de manter o sucesso das políticas de desenvolvimento imobiliário e das cidades.
Clique aqui para consultar a pesquisa na íntegra.

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