A casa do brasileiro tem ganhado toques cada vez mais internacionais. Depois da invasão de eletroeletrônicos, agora são os materiais de construção que atravessam o oceano para montar e decorar as residências nacionais. Do aço usado para levantar o imóvel aos materiais de acabamento, como portas, pisos, fechaduras e louças sanitárias, tudo tem sido comprado no exterior.
Até 2007, a balança comercial (exportações menos importações) do setor era positiva em mais de R$ 1 bilhão. A partir de 2008, com a forte expansão da construção civil e a valorização do real, a posição começou a se inverter. No ano passado, as importações superaram em R$ 1,1 bilhão as exportações do setor.
Para 2010, a expectativa é que esse número dobre e atinja R$ 2,3 bilhões, segundo estimativas da FGV Projetos no estudo Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Indústria de Materiais e Equipamentos, da Abramat, associação que representa o segmento.
Na avaliação da coordenadora de Projetos da FGV Projetos, Ana Maria Castelo, por trás dos números está o chamado custo Brasil, que inclui carga tributária alta, câmbio valorizado e falta de infraestrutura. Juntos, esses fatores encarecem e reduzem a competitividade do produto nacional.
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