quinta-feira, setembro 30, 2010

Reaquecimento do mercado incentiva compra de imóvel para alugar a terceiros


O reaquecimento do mercado imobiliário paulistano chama a atenção para a possibilidade de comprar imóveis residenciais para alugar.

Especialistas ouvidos pela Folha consideram esse tipo de investimento ideal para quem tem perfil conservador.

Isso porque sua rentabilidade é baixa em comparação com outros fundos --enquanto o aluguel residencial rende, em média, 0,6% do valor do imóvel, a renda fixa atinge 0,8% do capital.

"Comprar para alugar é indicado para quem busca segurança e valorização do patrimônio", afirma Reinaldo Monteiro, professor de finanças do Insper (ex-Ibmec).

Ele destaca que esse não é um negócio indicado para quem pode precisar usar
o dinheiro que será investido na compra.

"O investidor deve estar interessado em complementar a renda", acrescenta.
Bolívar Godinho, professor de finanças da FIA (Fundação Instituto de Administração), ressalta que comprar para alugar só é interessante porque o mercado está aquecido, o que diminui o risco de ficar com o imóvel vazio por muito tempo.

PATRIMÔNIO
A compra na planta aumenta a chance de lucrar após a construção.

O bem se valoriza de 20% a 30% desde o início das obras até a entrega das chaves. Mas o comprador deve ponderar que, durante cerca de 24 meses, manterá o dinheiro imobilizado na construção.

Uma alternativa é investir em um imóvel usado -quando se consegue um valor abaixo do de mercado. É um investimento difícil de ser feito por leigos, por isso exige consultoria profissional.

"Conhecer as características da região de interesse é um dos fatores que evita riscos", aconselha Godinho.

Para quem já tem o dinheiro em mãos, a compra é mais vantajosa, pois permite barganhar por melhores preços. Mas, se o investidor tiver necessidade de financiamento, o negócio se complica.

Para Roseli Hernandes, diretora comercial da imobiliária Lello, o primeiro passo é calcular o gasto total. "É preciso comparar o aluguel a ser recebido com as despesas embutidas no financiamento: valor da parcela, juros, despesas com reforma e outras tarifas", diz.

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