As vendas de imóveis usados no Estado de São Paulo reagiram em novembro, pondo fim a dois meses seguidos de baixa. É o que mostra pesquisa feita com 1.653 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP). O aumento foi de 7,45% em relação a outubro. Foram vendidos em novembro 1.079 casas e apartamentos.
A reação das vendas - e da locação de imóveis residenciais - se refletiu também no índice estadual de preços de imóveis usados residenciais (IEPI-UR/CRECISP). O índice de novembro cresceu 11,41% em comparação com outubro, quando havia registrado queda de 3,04%. Em setembro, quando foi lançado, ficara negativo em 2,12%. O Índice Crecisp mede o comportamento do conjunto de preços médios de imóveis usados e de aluguéis residenciais no Estado de São Paulo mês a mês. É composto pela média de todos os preços de venda dos imóveis usados e dos aluguéis residenciais efetivados pelas imobiliárias credenciadas pelo CRECISP.
A pesquisa CRECISP apurou um crescimento de 1,63% no número de imóveis residenciais alugados no Estado em novembro. Foram assinados nas imobiliárias pesquisadas 2.651 novos contratos de locação. O índice de locação estadual estava em 1,5780 em outubro e subiu para 1,6038 em novembro.
A recuperação do mercado em novembro havia sido prevista pelo presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. Sua análise levou em conta a renda extra que as famílias têm no final do ano, como o 13º salário e os bônus de participação em lucros e resultados. "Os números de dezembro ainda estão sendo apurados, mas é provável que esses recursos adicionais tenham produzido efeitos positivos no mercado imobiliário também neste mês", observa Viana Neto. "De qualquer forma, o balanço de vendas do ano até agora é positivo, com apenas quatro meses de desempenho negativos".
Apartamentos são mais vendidos que casas
As 1.653 imobiliárias pesquisadas pelo CRECISP venderam em novembro 1.079 imóveis, o que fez o índice estadual de vendas aumentar 7,45% - subindo de 0,6075 em outubro para 0,6528 em novembro. Houve queda nas vendas na Capital (- 2,91%) e no Interior (- 0,82%), mas crescimento forte no Litoral (+ 27,77%) e moderado na região formada pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 6,44%).
Os apartamentos ganharam das casas na preferência dos compradores. Eles representaram 50,05% do total de negócios formalizados. A pesquisa CRECISP apurou que casas e apartamentos usados de valor até R$140 mil foram os mais vendidos no Interior (52,41% do total) e no Litoral (52,28%). Na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, essa faixa subiu para até R$180 mil (60,47%). Na Capital, prevaleceram os imóveis com preço final superior a R$200 mil, que totalizaram 66% das vendas.
A venda feita por meio de financiamento bancário superou as feitas à vista em três das quatro regiões em que se divide a pesquisa CRECISP. Os bancos financiaram 65,78% dos imóveis vendidos na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco - as vendas à vista responderam por 31,05% do total, as financiadas pelos proprietários por 1,58% e as efetivadas por meio de consórcios, também por 1,58%. No Interior, os bancos bancaram 54,14% do total vendido e, na Capital, 53,11%. Em todas essas regiões, a Caixa Econômica Federal (CAIXA) ocupa papel de destaque.
O Litoral foi a exceção nesse quadro de domínio do crédito bancário. Casas e apartamentos usados vendidos por financiamento da CAIXA e de outros bancos somaram 35,22% dos negócios efetivados pelas 1.653 imobiliárias pesquisadas. A venda à vista somou 57,31%, a feita a prazo pelos proprietários ficou em 7,16% e os consórcios tiveram participação restrita, de apenas 0,30%.
Litoral e Interior lideraram
o maior e menor preço
A pesquisa CRECISP encontrou em Bertioga o maior preço de metro quadrado de imóvel usado do Estado de São Paulo em novembro. O metro quadrado mais caro foi R$6.578,94 por apartamentos de 1 dormitório em bairros da região nobre da cidade.
O menor preço referiu-se a casas de 3 dormitórios, localizadas em bairros mais distantes das áreas nobres e do centro da cidade de Bauru. Nessas regiões, a pesquisa CRECISP apurou com as imobiliárias, preço mínimo de R$200,00 pelo metro quadrado e máximo de R$866,66.
Locação de imóvel residencial
freia queda com alta de 1,63%
"Foi modesta, mas positiva, e isto é o que conta como possível sinal de mudança de comportamento". Assim o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, resumiu o desempenho do mercado de locação residencial no Estado de São Paulo em novembro. O número de imóveis alugados cresceu 1,63% depois de ter caído 13,72% em outubro e 11,57% em setembro.
A pesquisa feita com 1.653 imobiliárias de 37 cidades apontou que foram alugados em novembro 2.651 imóveis, elevando em 1,63% o índice estadual de locação: de 1,5780 em outubro para 1,6038 em novembro. Novamente alugaram-se mais casas (56,09%) do que apartamentos (43,91%). As imobiliárias receberam de volta 1.538 imóveis, o equivalente a 58,02% do total de novas locações.
O número de novas locações aumentou na Capital (+ 1,85%), no Litoral (+ 36,26%) e na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (+ 1,21%). Só no Interior houve queda, de 1,15%. Imóveis com aluguel mensal de até R$600,00 foram os mais alugados no Interior (51,37% do total) e na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (54,57%). Na Capital e no Litoral predominaram os imóveis com aluguel de até R$800,00 - eles somaram 50,23% e 57,55% do total, respectivamente.
O menor aluguel do Estado em novembro foi R$180,00 por casas de 1 dormitório localizadas em bairros de regiões não nobres e fora do centro de São Carlos e Guarulhos. Ressalve-se que este foi o valor encontrado em uma única operação de locação para esse tipo de imóvel, o que não reflete, necessariamente, a média de valores de mercado.
Foi em Campinas que a pesquisa CRECISP localizou o aluguel mais caro - R$7.000,00 por casas de 3 dormitórios em bairros da área central da cidade. Este foi o valor máximo, sendo o mínimo de R$750,00. A inadimplência entre as imobiliárias em novembro foi de 3,29% do total de inquilinos, o que representou uma alta de 2% em relação aos 3,23% registrados em outubro.
Fiador é líder entre formas de garantia
O fiador continua a ter presença marcante nos contratos de locação. Esteve presente como garantidor do pagamento em caso de inadimplência do inquilino em 77,45% do total de novos contratos formalizados em novembro no Interior. Marcou presença também em 50,81% dos aluguéis contratados no Litoral, em 43,81% na Capital e em 41,18% na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco.
O depósito de valor equivalente a três meses de aluguel foi a segunda forma de garantia mais utilizada, presente em 29,84% dos contratos no Litoral, em 10,25% no Interior, em 32,68% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco e em 25,7% na Capital. Foi na Capital que o seguro fiança teve seu melhor desempenho, com 29,09%, baixando para 23,97% na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, 18,55% no Litoral e 9,51% no Interior. As outras modalidades de garantia de locação tiveram participação modesta no conjunto dos novos contratos.
A pesquisa CRECISP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.
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