sexta-feira, janeiro 28, 2011

Construção civil investiu US$ 324,5 bilhões durante 2010


No decorrer de 2010, os investimentos dos vários segmentos do setor da construção civil, distribuídos por todo o território nacional, somaram US$ 324,5 bilhões, superando em 33% o resultado auferido em 2009, igual a US$ 250 bilhões. Os aportes resultaram em 11.174 produtos, para os segmentos: residencial (5.981 obras); comercial (3.331); e industrial (1.881), de acordo com a ITCnet.

Edifícios residenciais e condomínios de casas somaram investimentos superiores a US$ 36 bilhões, resultando em área construída de 76 milhões de m2. O segmento industrial participou com 55% do total de investimentos, destacando-se: energia, ferrosos, não-ferrosos e petróleo e afins, os quais, juntos, somaram 73% dos investimentos.

No segmento comercial, os investimentos chegaram a US$ 109 bilhões. As obras de infraestrutura viária e de turismo detiveram, respectivamente, os maiores investimentos, enquanto as viárias foram em número de 218 e investimentos da ordem de US$ 41 bilhões, com participação de 37%. Os hotéis e resorts somaram 252 obras e U$S 27 bilhões em aportes.

Regiões em crescimento - No Centro-Oeste, diz a ITCnet, o estado que tem o maior canteiro é Goiás, representando 40% do total da região, com 292 obras. No Norte e Nordeste, os destaques são os estados da Bahia, Ceará e Pernambuco, que somam, respectivamente, 323, 251 e 400 obras, representando mais de 48% do total da região.

“No Sudeste, São Paulo ainda possui o foco de todas as atenções, com 3.600 obras, superando os estados do Rio de Janeiro (1.637), o de Minas Gerais (1.126) e o do Espírito Santo (297)”, aponta a ITCnet.
O Sul do Brasil diversifica bem os investimentos nos seus três estados: Paraná, com 682 obras, Rio Grande do Sul; com 492; e Santa Catarina, com 614.

Projeções - “Com pouco mais de 11.100 obras cadastradas no Banco de Dados em 2010, nos estágios de Projeto, Construção e Concluídas, é possível prever como será o setor da construção nos próximos cinco anos”, afirma a ITCnet, que há três décadas acompanha a evolução do mercado da construção no Brasil.

Viviane Guirao, diretora da área de Pesquisa e Análise de Mercado da empresa, diz acreditar que, em 2011, “com os novos programas do Governo, a estabilidade econômica e os baixos índices de desemprego, o Brasil terá ainda maior consistência na área da construção e nos setores que alimentam esse mercado. A ITCnet prevê grandes investimentos. Somente nos estágios iniciais de construção, da sondagem às fundações, serão mais de 4.700 obras, sendo 1 mil no segmento Industrial, 1.600 no comercial e 2.100 no Residencial”, estima a diretora da ITCnet.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Custo da construção desacelera para 0,37% em janeiro

Em janeiro, o brasileiro gastou 0,37% a mais para construir, segundo informações do INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta quarta-feira (26).
A variação é 0,22 ponto percentual menor do que a registrada em dezembro de 2010, quando ficou em 0,59%. Nos últimos 12 meses, o INCC-M, que é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês atual, tem variação acumulada de 7,42%.
Grupos
No primeiro mês do ano, o grupo Materiais e Equipamentos e Serviços registrou alta de 0,42%, resultado superior ao apurado um mês antes, de 0,13%. A maior contribuição para o resultado do grupo veio do subgrupo Serviços, que passou de 0,25% para 1,21% no período analisado.
O subgrupo Materiais e Equipamentos também apresentou aceleração em janeiro, passando de 0,09% para 0,22%.
No que diz respeito ao grupo Mão de Obra, a variação foi de 0,32% este mês, frente a 1,08% no último mês do ano passado. Aqui, a maior contribuição para o resultado veio do item especializado, cujo índice ficou em 0,51%.

terça-feira, janeiro 25, 2011

Locação de imóvel residencial freia queda com alta de 1,63%

Depois de ter caído 13,72% em outubro e 11,57% em setembro, o número de imóveis residenciais alugados no Estado de São Paulo cresceu 1,63%. “Foi modesto, mas positivo, e isto é o que conta como possível sinal de mudança de comportamento”, avaliou o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto.

A pesquisa feita com 1.653 imobiliárias de 37 cidades apontou que foram alugados em novembro 2.651 imóveis, elevando em 1,63% o índice estadual de locação: de 1,5780 em outubro para 1,6038 em novembro. Novamente alugaram-se mais casas (56,09%) do que apartamentos (43,91%). As imobiliárias receberam de volta 1.538 imóveis, o equivalente a 58,02% do total de novas locações.

O número de novas locações aumentou na Capital (1,85%), no litoral (36,26%) e na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (1,21%). Só no interior houve queda, de 1,15%. Imóveis com aluguel mensal de até R$600,00 foram os mais alugados no interior (51,37% do total) e na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (54,57%).

Na Capital e no litoral predominaram os imóveis com aluguel de até R$800,00 - eles somaram 50,23% e 57,55% do total, respectivamente.

Preços
O menor aluguel do Estado em novembro foi R$180,00 por casas de 1 dormitório localizadas em bairros de regiões não nobres e fora do centro de São Carlos e Guarulhos. Ressalve-se que este foi o valor encontrado em uma única operação de locação para esse tipo de imóvel, o que não reflete, necessariamente, a média de valores de mercado.
Foi em Campinas que o Creci-SP localizou o aluguel mais caro - R$ 7.000,00 por casas de 3 dormitórios em bairros da área central da cidade. Este foi o valor máximo, sendo o mínimo de R$ 750,00.

Garantia
O fiador continua a ter presença marcante nos contratos de locação. Esteve presente como garantidor do pagamento em caso de inadimplência do inquilino em 77,45% do total de novos contratos formalizados em novembro no interior. Marcou presença também em 50,81% dos aluguéis contratados no litoral, em 43,81% na Capital e em 41,18% na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco.

O depósito de valor equivalente a três meses de aluguel foi a segunda forma de garantia mais utilizada, presente em 29,84% dos contratos no litoral, em 10,25% no interior, em 32,68% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco e em 25,7% na Capital.
Foi na Capital que o seguro fiança teve seu melhor desempenho, com 29,09%, baixando para 23,97% na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, 18,55% no litoral e 9,51% no interior. As outras modalidades de garantia de locação tiveram participação modesta no conjunto dos novos contratos.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

HSBC reformula financiamento que usa imóvel como garantia


O banco HSBC anunciou a reformulação do Crédito Casa, linha de financiamento que usa um imóvel já quitado como garantia da operação de crédito. Com o novo modelo, o prazo máximo de pagamento passou de cinco para dez anos e o limite de empréstimo foi aumentado de R$ 200 mil para R$ 500 mil. Já a taxa de juros permaneceu em 19,5% ao ano.
A linha de financiamento está disponível para os clientes do banco e é disponibilizada após aprovação dos documentos necessários e a avaliação do imóvel. O crédito liberado pode chegar a até 50% do bem dado como garantia.
“O refinanciamento imobiliário é uma boa opção para os clientes que desejam recursos para realizar um projeto pessoal, como viagens ou cursos, entre outros”, diz o diretor de crédito imobilário do HSBC, Antônio Barbosa.
Cuidados

De acordo com o Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo) , o consumidor deve ficar atento com o superendividamento na hora de optar por esta modalidade de financiamento.
Veja algumas dicas do Instituto:
Quem já está “pendurado” no empréstimo consignado não deve hipotecar a casa para pagar dívidas com cartão ou cheque especial.
O consumidor que já está endividado e só tem um imóvel tem muito mais chance de barganhar formas de pagamento melhores ou maiores prazos.
Caso opte pelo empréstimo com garantia hipotecária, faça as contas antes e veja se a parcela mensal não compromete mais do que 30% de sua renda líquida, que nada mais é do que o salário menos INSS, imposto de renda, plano de saúde e outras dívidas já contraídas.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Crédito imobiliário pode chegar a R$ 105 bilhões

A liberação de recursos para a casa própria deverá crescer entre 40% e 50% em 2011, segundo previsão do presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Luiz Antonio França. Se as estimativas se confirmarem, somados os recursos da caderneta de poupança (R$ 82,5 bilhões) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (R$ 23 bilhões), será liberada a quantia recorde de R$ 105,5 bilhões.

Até novembro, último dado consolidado, o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) havia emprestado R$ 50 bilhões para o financiamento de 378 mil unidades. A expectativa da entidade é encerrar o balanço de 2010 com R$ 57 bilhões contratados - crescimento de 67% no total de empréstimos do SBPE em um ano.

Para o presidente do Secovi-SP, João Crestana, em 2011 as unidades populares destinadas para a classe média serão o grande foco do mercado. “Porém, haverá necessidade de maior agilidade na liberação do crédito, por parte dos bancos, e desenvolvimento de tecnologias construtivas e estratégias diferenciadas de marketing pelas empresas, para conquistar esse público”, ressalta.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Venda de imóveis usados em SP reage depois de dois meses e cresce 7,45% em Novembro

As vendas de imóveis usados no Estado de São Paulo reagiram em novembro, pondo fim a dois meses seguidos de baixa. É o que mostra pesquisa feita com 1.653 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP). O aumento foi de 7,45% em relação a outubro. Foram vendidos em novembro 1.079 casas e apartamentos.

A reação das vendas - e da locação de imóveis residenciais - se refletiu também no índice estadual de preços de imóveis usados residenciais (IEPI-UR/CRECISP). O índice de novembro cresceu 11,41% em comparação com outubro, quando havia registrado queda de 3,04%. Em setembro, quando foi lançado, ficara negativo em 2,12%. O Índice Crecisp mede o comportamento do conjunto de preços médios de imóveis usados e de aluguéis residenciais no Estado de São Paulo mês a mês. É composto pela média de todos os preços de venda dos imóveis usados e dos aluguéis residenciais efetivados pelas imobiliárias credenciadas pelo CRECISP.

A pesquisa CRECISP apurou um crescimento de 1,63% no número de imóveis residenciais alugados no Estado em novembro. Foram assinados nas imobiliárias pesquisadas 2.651 novos contratos de locação. O índice de locação estadual estava em 1,5780 em outubro e subiu para 1,6038 em novembro.

A recuperação do mercado em novembro havia sido prevista pelo presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. Sua análise levou em conta a renda extra que as famílias têm no final do ano, como o 13º salário e os bônus de participação em lucros e resultados. "Os números de dezembro ainda estão sendo apurados, mas é provável que esses recursos adicionais tenham produzido efeitos positivos no mercado imobiliário também neste mês", observa Viana Neto. "De qualquer forma, o balanço de vendas do ano até agora é positivo, com apenas quatro meses de desempenho negativos".

Apartamentos são mais vendidos que casas

As 1.653 imobiliárias pesquisadas pelo CRECISP venderam em novembro 1.079 imóveis, o que fez o índice estadual de vendas aumentar 7,45% - subindo de 0,6075 em outubro para 0,6528 em novembro. Houve queda nas vendas na Capital (- 2,91%) e no Interior (- 0,82%), mas crescimento forte no Litoral (+ 27,77%) e moderado na região formada pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 6,44%).

Os apartamentos ganharam das casas na preferência dos compradores. Eles representaram 50,05% do total de negócios formalizados. A pesquisa CRECISP apurou que casas e apartamentos usados de valor até R$140 mil foram os mais vendidos no Interior (52,41% do total) e no Litoral (52,28%). Na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, essa faixa subiu para até R$180 mil (60,47%). Na Capital, prevaleceram os imóveis com preço final superior a R$200 mil, que totalizaram 66% das vendas.

A venda feita por meio de financiamento bancário superou as feitas à vista em três das quatro regiões em que se divide a pesquisa CRECISP. Os bancos financiaram 65,78% dos imóveis vendidos na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco - as vendas à vista responderam por 31,05% do total, as financiadas pelos proprietários por 1,58% e as efetivadas por meio de consórcios, também por 1,58%. No Interior, os bancos bancaram 54,14% do total vendido e, na Capital, 53,11%. Em todas essas regiões, a Caixa Econômica Federal (CAIXA) ocupa papel de destaque.

O Litoral foi a exceção nesse quadro de domínio do crédito bancário. Casas e apartamentos usados vendidos por financiamento da CAIXA e de outros bancos somaram 35,22% dos negócios efetivados pelas 1.653 imobiliárias pesquisadas. A venda à vista somou 57,31%, a feita a prazo pelos proprietários ficou em 7,16% e os consórcios tiveram participação restrita, de apenas 0,30%.

Litoral e Interior lideraram
o maior e menor preço


A pesquisa CRECISP encontrou em Bertioga o maior preço de metro quadrado de imóvel usado do Estado de São Paulo em novembro. O metro quadrado mais caro foi R$6.578,94 por apartamentos de 1 dormitório em bairros da região nobre da cidade.

O menor preço referiu-se a casas de 3 dormitórios, localizadas em bairros mais distantes das áreas nobres e do centro da cidade de Bauru. Nessas regiões, a pesquisa CRECISP apurou com as imobiliárias, preço mínimo de R$200,00 pelo metro quadrado e máximo de R$866,66.

Locação de imóvel residencial
freia queda com alta de 1,63%


"Foi modesta, mas positiva, e isto é o que conta como possível sinal de mudança de comportamento". Assim o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, resumiu o desempenho do mercado de locação residencial no Estado de São Paulo em novembro. O número de imóveis alugados cresceu 1,63% depois de ter caído 13,72% em outubro e 11,57% em setembro.

A pesquisa feita com 1.653 imobiliárias de 37 cidades apontou que foram alugados em novembro 2.651 imóveis, elevando em 1,63% o índice estadual de locação: de 1,5780 em outubro para 1,6038 em novembro. Novamente alugaram-se mais casas (56,09%) do que apartamentos (43,91%). As imobiliárias receberam de volta 1.538 imóveis, o equivalente a 58,02% do total de novas locações.

O número de novas locações aumentou na Capital (+ 1,85%), no Litoral (+ 36,26%) e na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (+ 1,21%). Só no Interior houve queda, de 1,15%. Imóveis com aluguel mensal de até R$600,00 foram os mais alugados no Interior (51,37% do total) e na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (54,57%). Na Capital e no Litoral predominaram os imóveis com aluguel de até R$800,00 - eles somaram 50,23% e 57,55% do total, respectivamente.

O menor aluguel do Estado em novembro foi R$180,00 por casas de 1 dormitório localizadas em bairros de regiões não nobres e fora do centro de São Carlos e Guarulhos. Ressalve-se que este foi o valor encontrado em uma única operação de locação para esse tipo de imóvel, o que não reflete, necessariamente, a média de valores de mercado.

Foi em Campinas que a pesquisa CRECISP localizou o aluguel mais caro - R$7.000,00 por casas de 3 dormitórios em bairros da área central da cidade. Este foi o valor máximo, sendo o mínimo de R$750,00. A inadimplência entre as imobiliárias em novembro foi de 3,29% do total de inquilinos, o que representou uma alta de 2% em relação aos 3,23% registrados em outubro.

Fiador é líder entre formas de garantia

O fiador continua a ter presença marcante nos contratos de locação. Esteve presente como garantidor do pagamento em caso de inadimplência do inquilino em 77,45% do total de novos contratos formalizados em novembro no Interior. Marcou presença também em 50,81% dos aluguéis contratados no Litoral, em 43,81% na Capital e em 41,18% na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco.

O depósito de valor equivalente a três meses de aluguel foi a segunda forma de garantia mais utilizada, presente em 29,84% dos contratos no Litoral, em 10,25% no Interior, em 32,68% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco e em 25,7% na Capital. Foi na Capital que o seguro fiança teve seu melhor desempenho, com 29,09%, baixando para 23,97% na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, 18,55% no Litoral e 9,51% no Interior. As outras modalidades de garantia de locação tiveram participação modesta no conjunto dos novos contratos.

A pesquisa CRECISP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Dados do imóvel devem ser checados


Metragem ou área total construída equivocadas fazem com que o imposto seja calculado de maneira errada

Em alguns casos, a incorreção no valor do carnê do IPTU ocorre pelo desmembramento de um lote em outros

Embora o IPTU seja o imposto mais lembrado pelos brasileiros -foi citado por 47,4% dos 2.016 entrevistados em 336 municípios em uma pesquisa da Esaf (Escola Superior de Administração Fazendária) em 2010-, nem todo mundo toma os devidos cuidados ao pagá-lo. "Para não ser lesado, é preciso prestar atenção a vários detalhes", adverte o advogado Plínio Salgado.
Os principais são a alíquota do imposto, a metragem e a área total construída do imóvel. A partir da área e da metragem, a prefeitura estipula o valor venal do bem -base de cálculo do IPTU-, que não pode ultrapassar o seu preço de mercado.
Em cada cidade, a alíquota pode variar segundo o uso, a localização e o tamanho do imóvel. Durante dois anos (2008 e 2009), o assistente social Ademir Candido pagou um IPTU por 300 metros quadrados de um imóvel de metade do tamanho. Na verdade, ele recebia também a cobrança da propriedade do vizinho.
No ano passado, Candido reclamou com a Secretaria de Finanças de São Paulo. "Não fazia sentido, uma vez que eu já havia feito o desdobro do terreno administrativamente na prefeitura", diz.
Ele conta que já havia entregue à prefeitura uma planta do imóvel assinada por um engenheiro e outros documentos, mas, para a Secretaria de Finanças, tudo continuava o mesmo. Foi preciso outro pedido e, dessa vez, ele espera pela remessa do carnê a partir de 14 de janeiro para saber se a conta virá certa.
Taxas cobradas no boleto também são questionáveis para alguns juristas.
O Tribunal de Justiça de São Paulo já julgou ilegal cobrar taxas sobre serviços públicos que não podem ser divididos pelo uso de cada contribuinte, como a de limpeza pública -diferente da de coleta de lixo residencial- e a de incêndio -que só poderia ser imposta pelo Estado.(LBF)

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Condomínio barato? Veja os cuidados para não gastar mais no futuro.

Adquirir a própria casa é um sonho que pessoas do mundo todo desejam conquistar. Porém, na ânsia de ter um lar, muitos consumidores levam em conta os baixos preços, como o condomínio mais barato, e esquecem de verificar se as manutenções são feitas regularmente.
"Um condomínio barato não necessariamneto é negativo, pois o síndico pode ter feito algumas manutenções preventivas de forma planejada", explica a gerente de produtos e parcerias da Lello Condomínios, Raquel Tomasini.
Todo edifício tem vida útil e precisa de reformas e melhorias regulares e, quando elas não são feitas ou são realizadas de forma irresponsável, os moradores vão gastar muito mais no futuro. "Os condomínios que não fazem a prevenção podem ser mais baratos agora, mas o problema pode se tornar muito maior e custar mais caro", alerta a engenheira.
A dica dela é que os consumidores verifiquem com o zelador se o prédio faz as manutenções regulares em bombas de recalque, interfone, portões, etc. Além disso, visualmente dá para perceber se o prédio é bem cuidado ou não.
Síndico, um homem de negócios
Raquel ainda dá algumas dicas para que o síndico não erre na hora de fazer alguma reforma. "A primeira orientação que damos é que se conheça efetivamente o problema. Apesar de o síndico não ser técnico especializado, é importante que ele busque um profissional para ajudá-lo", destaca.
Ela vê o aparecimento de uma nova figura de síndico, uma pessoa que cada vez mais traz a visão de negócio para o prédio. Por isso, muitos deles procuram fazer a prevenção, conciliando-a com gastos menores.

“Pessoal de prédio gosta de coisa barata”, pondera o diretor de condomínio da Aabic (Associação de Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), Omar Anauate. 

Por isso, ele também aconselha que a escolha por uma empresa que vai fazer a obra não seja baseada no baixo preço, mas que se faça muita pesquisa prévia, como conversar com outros síndicos e verificar obras realizadas pela firma, decidindo por aquela que atue com certo profissionalismo. “Uma empresa que topa qualquer negócio vai fazer qualquer negócio no seu prédio”, alerta Omar.

Retrofit e a valorização do seu apartamento
A engenheira Raquel explica que, dentro da área da construção, Retrofit se refere às reformas de modernização do edifício, bem como de segurança e para criar melhorias. "Desde mudar a parte elétrica, até reformas na fachada, em uma sala de ginástica e a troca de móveis para o hall", exemplifica.
Para a profissional, uma reforma é sempre algo positivo para o edifício e traz valorização para o imóvel. No caso de haver dois edifícios na mesma rua, com a mesma metragem dos apartamentos, mas um tiver a fachada reformada e o outro não, o primeiro será mais bem visto.
"Varia muito, mas o valor do imóvel pode chegar a uma variação de 15%. Um prédio bem cuidado é um atrativo para quem está comprando", afirma Raquel.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Consórcio de imóvel cresce 11,4% no ano até novembro

A venda de novas cotas de consórcios de imóveis registrou alta de 11,4% entre janeiro e novembro de 2010 na comparação com igual período do ano anterior, somando 209,4 mil unidades, conforme pesquisa da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). No período o valor médio das cotas para a compra de um imóvel subiu 15,6%, passando de R$ 89,442 mil em novembro do ano passado para R$ 103,373 mil.

No mês de novembro o segmento registrava 578 mil participantes, indicando expansão de 8% em relação a um ano antes. No acumulado do ano 61,7 mil pessoas foram contempladas neste segmento, mostrando crescimento de 4,8% ante igual período do ano anterior Em nota, a entidade observa que a estabilidade econômica e segurança no emprego justificam o maior volume de novas cotas e a alta no ticket médio no consórcio de imóveis.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Em 8 meses, R$ 49,9 milhões em recursos do FGTS são usados em consórcios de imóveis

Um total de 2.931 participantes dos consórcios de imóveis utilizaram R$ 49,9 milhões em recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para quitar ou amortizar parcelas, desde que as novas regras para o uso do fundo entraram em vigor, em março de 2010, até o penúltimo mês do ano.

O número de consorciados que empregaram o FGTS corresponde a 0,5% dos 578 mil participantes da categoria registrados em novembro do ano passado. Os dados foram divulgados pela Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) na quinta-feira (6).

Ainda de acordo com a associação, até novembro de 2010, as contemplações nos consórcios de imóveis aumentaram 4,8%, na comparação com o mesmo período de 2009, chegando a 61,7 mil.

De janeiro a novembro do ano passado, a comercialização de novas cotas atingiu 209,4 mil, o que representa uma alta de 11,4%, em relação a igual período de 2009.

Geral
Considerando todos os grupos - veículos, imóveis, bens móveis duráveis e serviços -, o número de participantes ativos no sistema de consórcio chega a 4,03 milhões até novembro de 2010, o que representa uma alta de 5,8% em comparação com 2009.
As vendas de novas cotas cresceram 6,1%, no acumulado do ano, chegando a 1,92 milhão, enquanto as cotas contempladas somaram 905,9 mil no mesmo período.

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Aluguel com aniversário em janeiro reajusta em 11,32%

São Paulo, SP – De acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em dezembro o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acusou alta de 0,69%. Em 12 meses, a variação acumulada pelo indexador soma 11,32%. Significa que este será o percentual a ser aplicado para reajustar os aluguéis residenciais com atualização atrelada aos resultados do IGP-M, utilizado para a grande maioria dos contratos de locação, em todo o país.

“Com esses 11,32% de reajuste, um inquilino que pagava, em janeiro de 2010, um aluguel de R$ 1.000,00, a partir de janeiro de 2011 terá de desembolsar a R$ 1.113,20”, calcula Roberto Akazawa, gerente do Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi/SP).

Akazawa ensina: “Uma forma simples de realizar o cálculo é utilizar o fator de reajuste, que, multiplicado pelo valor de locação vigente até dezembro, indicará o novo aluguel. Esse fator é de 1,1132 para os contratos que aniversariam em janeiro de 2011. Assim, se a locação antes do reajuste era de R$ 800,00, o novo valor será de 800,00 x 1,1132 ou R$ 890,56”.

Fatores de Reajustes de aluguel

Contratos com aniversários em:

- Abril de 2010 e pagamento em maio de 2010: 1,0194.
- Maio de 2010 e pagamento em junho de 2010: 1,0288.
- Junho de 2010 e pagamento em julho de 2010: 1,0418.
- Julho de 2010 e pagamento em agosto de 2010: 1,0517.
- Agosto de 2010 e pagamento em setembro de 2010: 1,0579.
- Setembro de 2010 e pagamento em outubro de 2010: 1,0699.
- Outubro de 2010 e pagamento em novembro de 2010: 1,0777.
- Novembro de 2010 e pagamento em dezembro de 2010: 1,0881.
- Dezembro de 2010 e pagamento em janeiro de 2011: 1,1027.
- Janeiro de 2011 e pagamento em fevereiro de 2011: 1,1132.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Dicas para planejar a compra do imóvel desejado

Quem pensa começar o ano organizando a compra de um imóvel, além de escolher entre casa térrea ou sobrado; condomínio horizontal ou unidade “avulsa”, apartamento em prédio de esquina ou no meio do quarteirão deve, desde logo, aprofundar-se nas práticas para a aquisição.

No que diz respeito às exigências para obter financiamento, há variáveis de banco para banco, mas a regra geral é: o valor da prestação não pode ultrapassar 30% da renda mensal líquida. Exemplo: para quem ganha R$ 2 mil reais, paga R$ 800 de aluguel e mais R$ 400 de créditos já contratados, a renda líquida é de R$ 1.200.

Segundo o exemplo e os critérios de financiamento, para a compra de imóvel na planta este pretendente terá aprovado crédito que corresponde a parcelas mensais de até R$ 360 (30% de R$ 1.200).
Para a compra de imóvel pronto, o pretendente do exemplo tem uma grande vantagem, em especial se é um inquilino pontual no pagamento do aluguel, o que pesa na análise cadastral feita pelo banco.

Porque o interessado substituirá o aluguel pela prestação, sua renda líquida elevará para R$ 1.600, e o valor da parcela mensal poderá ser de até R$ 480. Importante levar em conta que o crédito imobiliário admite renda familiar.

De acordo com as regras em vigor até esta data (janeiro, 2011), uma das restrições para a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é para quem já é proprietário de unidade adquirida pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Contudo, há exceção. Por exemplo: no caso de divórcio, se couber a um dos cônjuges até, no máximo, 40% da fração do imóvel, para efeito de utilização do FGTS ele não é considerado proprietário.

Ainda que o imóvel partilhado tenha sido adquirido pelo SFH, com quitação em curso, a pessoa que se enquadra na situação do exemplo pode sacar o FGTS para compor a compra de outro imóvel. O mesmo vale para outros tipos de aquisição compartilhada, independente de grau de parentesco, desde que a fração do interessado em nova compra não ultrapasse 40%.

A comprovação de renda é outro aspecto que difere de banco para banco. Algumas instituições exigem somente a cópia da declaração ao imposto de renda e, para assalariados, o holerite que comprova o ganho mensal. Para o não assalariado, a comprovação pode ser solicitada na forma de extratos de movimentação bancária.

Em tempos não muito distantes, obter extratos de meses anteriores demandava cinco dias e até mais, o que estimulava o pretendente a solicitar crédito ao banco onde já era correntista. Hoje, em alguns minutos e sem recorrer a atendentes, os extratos de meses anteriores podem ser obtidos no caixa eletrônico. Esta é uma contribuição para que o pretendente possa optar pelo banco que lhe oferecer as melhores taxas, independente de já ser correntista.

Os documentos pessoais exigidos são os mesmos solicitados para qualquer outro tipo de crédito: Carteira de Identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF). Para financiar imóvel usado, os bancos exigem também: CPF dos proprietários do imóvel; cópia do espelho do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU); registro do imóvel e, se a unidade pertencer a condomínio, declaração de quitação do respectivo encargo mensal.

Mediante o atendimento das exigências, atualmente há bancos que liberam o crédito em até cinco dias úteis, e financiam o pagamento em até 30 anos, com entrada, em média, de 20% do valor do imóvel. O limite quanto ao valor a financiar depende da renda individual ou familiar do pretendente ao crédito.