quarta-feira, dezembro 01, 2010
Mantega anuncia prorrogação de desonerações para construção
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a prorrogação por mais um ano da desoneração de IPI para produtos da construção civil. "Os produtos que já estão desonerados continuarão por mais um ano", disse, explicando que o governo vai renovar também o sistema vigente para a cobrança do PIS/Cofins para o setor. Segundo o ministro, o governo prepara as medidas e a renovação da desoneração entra em vigor em 1º de janeiro, com a posse da presidente eleita Dilma Rousseff. O anúncio foi feito durante almoço fechado para empresários do setor da construção civil, no Congresso Brasileiro do setor, na sede da Fiesp, em São Paulo.
O ministro disse que estudará também outras medidas propostas pelos empresários referentes à cobrança do IPI e da Cofins, além da extensão do benefício a outros setores. Sem dar mais detalhes, o ministro disse que, para isso, terá uma nova reunião de trabalho com empresários. "E vamos continuar viabilizando mais crédito porque (a construção) é um setor que precisa de muito crédito", disse, ao anunciar a prorrogação. "E vamos continuar com as desonerações - isso é uma palavra chave aqui no encontro", emendou, sendo aplaudido pelos empresários presentes.
Lembrando que tinha sido confirmado para continuar à frente da Fazenda, o ministro disse que o "governo vai continuar promovendo política de estímulo ao setor da construção". "Esse é um compromisso que estou firmando", disse, lembrando que o setor tem grandes perspectivas. Como exemplo, citou a segunda fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e do PAC 1 e 2.
Mantega disse que o setor é um "dos principais motores do desenvolvimento econômico brasileiro" e crescerá 13% em 2010. "Será o melhor ano das últimas décadas", afirmou, acrescentando que o setor é o maior gerador de empregos formais no País. "O governo Dilma vai continuar estimulando o desenvolvimento econômico no País", disse Mantega, frisando que será um "desenvolvimento sustentável" que não gere desequilíbrios - nem fiscal nem com a volta da inflação. O ministro disse, que passada a superação do impacto da crise internacional, este é o momento de reduzir os gastos do governo. "Vamos fazer um programa de redução de gastos de custeio", disse, explicando que já recebeu autorização de Dilma.
"Nós estamos juntos. Contem comigo. Sou parceiro de vocês. No próximo mandato, garanto que a indústria vai continuar tendo esses excelentes resultados que tem hoje", disse, finalizando o discurso de pouco mais de 16 minutos para os empresários da construção civil
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